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Eles gostaram

A simpatia carioca e a beleza da cidade encantaram os peregrinos. Mas o trânsito e a sujeira não passaram despercebidos

Por Caio Werneck e Lais Botelho
Atualizado em 5 jun 2017, 13h53 - Publicado em 7 ago 2013, 21h00
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    Para quem busca sempre se aperfeiçoar, nada melhor do que ouvir a opinião de alguém vindo de fora. No fim de julho, o Rio foi residência para milhares de estrangeiros, a maioria entre 20 e 30 anos, durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Como fazemos todos os dias, eles pegaram ônibus, metrô, almoçaram em restaurantes, consumiram. Gostaram? Mais sim do que não. Os shoppings foram dignos de elogios. Mas a sujeira das ruas e a maneira alucinada como dirigimos assustaram. Tais impressões são parte de um levantamento feito por VEJA RIO com duas centenas de peregrinos, uma espécie de indicador da opinião dos visitantes sobre nós e nossa cidade. Os principais resultados estão na página ao lado.Para quem busca sempre se aperfeiçoar, nada melhor do que ouvir a opinião de alguém vindo de fora. No fim de julho, o Rio foi residência para milhares de estrangeiros, a maioria entre 20 e 30 anos, durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Como fazemos todos os dias, eles pegaram ônibus, metrô, almoçaram em restaurantes, consumiram. Gostaram? Mais sim do que não. Os shoppings foram dignos de elogios. Mas a sujeira das ruas e a maneira alucinada como dirigimos assustaram. Tais impressões são parte de um levantamento feito por VEJA RIO com duas centenas de peregrinos, uma espécie de indicador da opinião dos visitantes sobre nós e nossa cidade. Os principais resultados estão na página ao lado.

    Fotos Lipe Borges
    Fotos Lipe Borges ()

    Se o prefeito Eduardo Paes chegou a dar nota zero à organização da Jornada, e depois mudou seu conceito para 10, os peregrinos ouvidos na pesquisa se mostraram mais equilibrados. Nem tanto ao céu, nem tanto à terra. A angolana Regina Cabral não se importou com a fila para ir ao Cristo, mas reclamou do custo de um saco de pipoca (7 reais) ? queixa recorrente entre os jovens da África. Os europeus, por sua vez, lançaram olhares sobre as diferenças sociais. “Em Copacabana fiquei espantada ao ver os ricos morando em frente ao mar e, ao lado, pedintes vivendo na rua”, observou Sara Pedrotti, da Itália. O húngaro Robert Jicsinszky lembrou que na última Jornada, em Madri, havia pias ao lado dos banheiros para quem quisesse lavar as mãos. “Lá as pessoas não precisavam se amontoar”, diz.

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    Lipe Borges
    Lipe Borges ()

    Em entrevista coletiva na terça (30), o arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, disse que os estrangeiros levam daqui enorme “experiência de fé” e que jamais esquecerão a cidade. Pragmático, Duda Magalhães, diretor da Dream Factory, empresa líder do pool estratégico e operacional da JMJ, ressalta que o perfil do jovem peregrino, quase sempre ordeiro e pacífico, ajudou a evitar problemas maiores. E completa: “Deve ter ficado uma impressão boa da cidade, especialmente quando tivemos de trocar as missas de Guaratiba para Copacabana”, analisa. “Mostramos que temos condições para lidar com eventualidades.” O cenário com certeza também colaborou.

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