Um terreno baldio que abriga dejetos e materiais de obra, entre gramado e mato alto, foi identificado como um dos focos da infestação do escorpião-amarelo na cidade de Armação dos Búzios, o concorrido balneário fluminense. O ponto na área central da cidade reúne as condições ideais para a proliferação dos aracnídeos, facilitada pelo calor e a umidade das chuvas típicas da estação. Como a espécie venenosa se reproduz sozinha, se necessidade de acasalamento, o problema é maior.
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“A infestação pode ser considerada expressiva, mas a situação é localizada num único terreno no Centro e ocorrências esporádicas em outros locais. A partir da identificação, fizemos uma articulação com o Instituto Vital Brazil para o controle. Estamos em tratativas para que Búzios tenha o soro escorpiônico na rede municipal“, diz Denis Ferraz, coordenador da Vigilância Ambiental de Búzios.
O município está sendo monitorado pelo Instituto Vital Brazil, que coletou 200 animais neste ano. Uma reunião do Instituto com a Vigilância municipal, na próxima quinta-feira, vai reavaliar a situação. O monitoramento da espécie é feito por meio da ação local de agentes de controle de endemia, denúncias ou quando há casos de picada. Nesta semana, eles receberam dois chamados de moradores que viram escorpiões. O primeiro foi de um encontrado em uma roupa pendurada no varal, e o segundo encontrado em uma boia de nadar, numa praia.
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Os escorpiões são animais noturnos, que ficam escondidos durante o dia em locais úmidos e escuros. Por isso, as principais formas de evitar a presença deles são limpar periodicamente a casa e evitar o acúmulo de lixo e materiais de construção. Na maioria das vezes, a picada de escorpião causa poucos sintomas, como vermelhidão, inchaço e dor no local que dura de algumas horas até dois dias. Em casos raros, a picada de escorpião pode causar arritmias, parada cardíaca e até a morte.