Três espécies de baleia – uma delas ameaçada de extinção – e de golfinho fizeram uma visita especial à orla carioca. A passagem dos animais entre as praias de Copacabana e Ipanema foi registrada durante uma única expedição por biológos do Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (MAQUA-UERJ), com a ajuda de drones.
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Os animais vistos foram: baleia-jubarte, golfinhos-de-dentes-rugosos e baleia-franca-do-sul. Esta última pode chegar a 17 metros de comprimento e é a mais rara de ser encontrada nesta região. A espécie foi muito caçada durante o período colonial no Brasil, o que a deixou em risco de extinção e tornou mais difícil sua aparição nas águas do Rio.
“Durante os meses de inverno e inicio da primavera, quando migram para as áreas de reprodução, elas deveriam ser mais avistadas por aqui. Mas o número delas é muito baixo. Hoje, a principal área de concentração da baleia-franca na costa do Brasil é o litoral de Santa Catarina”, explica o oceanógrafo José Lailson Brito Júnior, um dos coordenadores do MAQUA.
A baleia-jubarte é mais comum de ser vista nas praias do Rio, principalmente entre os meses de junho e agosto, quando costuma deixar o mar gélido da Antártida em busca das águas quentes de Abrolhos, no Sul da Bahia, para se reproduzir. São animais que podem medir 15 metros de comprimento, em média, e pesar até quarenta toneladas.
Já os golfinhos-de-dentes-rugosos, conhecidos assim por apresentarem ranhuras nos dentes, são cetáceos com tamanho médio entre 2 e 2,8 metros que vivem em regiões temperadas quentes e tropicais de todo o mundo. No Rio, costumam aparecer entre os períodos de outono e inverno e se alimentam principalmente de tainha e peixe-espada.
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