O verão ainda não começou, mas as altas temperaturas no Rio anteciparam a preocupação com a epidemia de dengue no estado. Uma pesquisa mais recente do Levantamento do Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa), realizada pelo Ministério da Saúde entre os dias 13 e 19 de outubro, apontou que 157 municípios brasileiros encontram-se em situação de risco para a doença. No estado do Rio, foram avaliadas 80 cidades, das quais 11 mostraram áreas com índice de infestação pelo Aedes aegypti acima de 4% (40 imóveis com foco do mosquito a cada mil), considerado de alto risco. Os focos foram encontrados em bairros dos municípios de Angra dos Reis, Itaguaí, Japerí, Magé, São João de Meriti, Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Macaé e São João da Barra.
Além disso, entre os municípios pesquisados, 26 estão em estágio de alerta (com índice entre 1% e 3,9%). As maiores taxas foram registradas em Santo Antônio de Pádua, com 2,6%; Itaboraí (2,4%); Japeri (2,3%) e Itaguaí (2,1%). Cerca de 70% das cidades tem infestação pelo Aedes aegypti abaixo de 1%, índice satisfatório de acordo com o Ministério. Barris, pratos de plantas, garrafas e latas estão entre os criadouros mais comuns, presentes em mais de 60% dos imóveis infestados.
Para contribuir com o combate à doença, o Governo Federal destinou mais de R$ 32 milhões para o estado do Rio. Entre as ações da Secretaria Estadual de Saúde, estão a campanha 10 Minutos Contra a Dengue, que estimula os cidadãos a investirem dez minutos por semana para eliminar possíveis criadouros do mosquito em suas casas, além do site Rio Contra a Dengue (www.riocontradengue.com.br).