A explosão do Depósito Central de Armamento e Munição do Exército, complexo de dez paióis em Deodoro, foi um dos momentos mais assustadores da história do Rio. Passados quase sessenta anos, o episódio é relembrado pelo historiador Luiz Antonio Simas em Coisas Nossas (José Olympio, 140 páginas, 32,90 reais), coletânea de crônicas publicadas no jornal O Dia. Simas recorreu ao relato de um amigo do avô, pracinha na II Guerra Mundial, para descrever o evento. O noticiário registrou explosões ao longo de três dias. “Prédios chegaram a rachar em Vila Isabel, no Grajaú e na Tijuca. Sepulturas foram arrancadas no cemitério de Inhaúma e restos mortais dos defuntos apareceram boiando na Praia de Ramos”, relata o cronista.