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Para Fabio Porchat

O ator, que está em cartaz no filme Totalmente Inocentes, estreia o seriado Meu Passado me Condena, no canal Multishow, volta ao programa A Grande Família, da Globo, e faz graça na internet

Por Rafael Teixeira
Atualizado em 5 dez 2016, 15h23 - Publicado em 1 out 2012, 21h04
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  • Munido de um microfone e boas piadas, o ator fez fama em meados dos anos 2000 como integrante do grupo Comédia em Pé. Atualmente, suas atividades vão muito além da stand-up comedy. No cinema, ele está em cartaz como um traficante em Totalmente Inocentes. Até novembro, estreia o seriado Meu Passado me Condena, no canal Multishow, e volta ao programa A Grande Família, da Globo, no qual interpretou, em setembro, o amalucado Everaldo Júnior, sócio de Nenê (Marieta Severo) em uma loja de roupas. Porchat também faz graça na internet, nos vídeos do coletivo humorístico Porta dos Fundos. No palco, a partir de sexta (5), vai mostrar seu talento como diretor de um drama: Palavras na Brisa Noturna, adaptação que escreveu a partir do livro As Boas Mulheres da China, de Xinran Xue. Por fim, fiel às suas origens, ele segue em temporada com Fora do Normal, espetáculo que já percorreu o Brasil, atraindo mais de 200?000 espectadores.

    As pessoas não estranham quando você aparece com um trabalho dramático, como é o caso de Palavras na Brisa Noturna? Eu já escrevi e até atuei em alguns dramas, mas fiquei associado à comédia, que é o que eu faço com mais facilidade. Quando essa peça foi apresentada pela primeira vez, em 2009, muita gente foi assistir pensando que fosse uma história engraçada. E, pelo contrário, o que elas veem no palco são situações terríveis vividas por mulheres chinesas. Muita gente chorava na plateia. Então, costuma haver essa surpresa sim. Mas eu gosto de diversificar. O que me atrai são boas histórias, sejam elas comédias ou dramas.

    O sucesso dos vídeos que você e seus parceiros da Porta dos Fundos têm produzido mostra que a internet é o futuro? Eu diria que é o presente. Há quem use a internet para se alavancar e chegar à televisão. A gente quer manter esse projeto onde está mesmo. Já recebemos convites para levar o Porta dos Fundos para a TV, mas recusamos. Na internet, temos uma liberdade de temas e de linguagem que não teríamos em lugar nenhum.

    A cena da stand-up comedy, na qual você se projetou, tinha uma grande variedade de espetáculos há alguns anos, mas parece ter arrefecido no Rio. Por quê? Muita gente foi para São Paulo, onde há mais oportunidades de trabalho. Lá, esse circuito pegou, inclusive nos bares. O carioca, por outro lado, não está habituado a beber um chope e ouvir piada ao mesmo tempo. Aqui no Rio ficaram aqueles que já têm alguma estrada, como o Leandro Hassum e eu.

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