Feriado no Rio em julho? Encontro dos Brics pode dar refresco aos cariocas
Como na cúpula do G20, prefeitura do Rio enviou à Câmara Municipal um projeto de lei para declarar feriado dia 7 de julho, quando a cidade sediará encontro

A prefeitura do Rio enviou nesta segunda (17) à Câmara Municipal um projeto de lei para declarar feriado no próximo dia 7 de julho, quando a cidade estará sediando a reunião de cúpula do Brics. O encontro começa no dia anterior, que é um domingo. Então o carioca teria um novo feriadão em 2025. A informação de que o Rio será sede da reunião dos líderes do grupo de países de mercado emergente em relação ao seu desenvolvimento econômico (formado em 2006 por Brasil, Rússia, Índia e China, incluindo a África do Sul pouco depois) foi confirmada pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, em vídeo postado nas redes sociais do prefeito Eduardo Paes no sábado (15).
+ Feriados de 2025: quantos são e quais dias poderão ser enforcados
A ideia do feriado é semelhante à que foi adotada na cúpula do G20, em novembro passado, quando foi criado um “megaferiado” para facilitar a logística de trânsito e segurança, principalmente. Marcada para os dias 18 e 19 de novembro, a cúpula foi realizada entre outros dois feriados, o da Proclamação da República (15/11), que caiu numa sexta, e o Dia da Consciência Negra (20/11), na quarta seguinte. Um projeto de lei aprovado pela Câmara e sancionado pelo prefeito Eduardo Paes “enforcou” os dias 18 (segunda) e 19 (terça) — quando de fato os chefes de Estado estavam no Rio.
“Com base nos estudos de trânsito e tráfego realizados para a Cúpula do G20 e na experiência operacional de órgãos municipais em realizar grandes eventos esportivos, como os Jogos Olímpicos de 2016, o Município reconhece a importância da atuação dos Vereadores na elaboração de lei que especifique as regras de um feriado no dia útil em que ocorrer a Cúpula do BRICS em 2025”, defendeu Paes na argumentação enviada ao presidente da Câmara, Carlo Caiado.
Paes afirmou ainda que o Brics é o “mais relevante fórum político do grupo ao reunir Chefes de Estado, de Governo e representantes de alto nível para conclusão dos trabalhos do grupo”, e que “o evento motivará a vinda ao Rio de Janeiro de milhares de representantes governamentais, jornalistas, instituições da sociedade civil global e local”.
“A realização da Cúpula de Chefes de Estado demanda do Município o apoio às operações logísticas planejadas pelo Governo Federal, em coordenação com demais entes federativos, incluindo restrições à circulação geral, como o bloqueio de vias públicas, e realização de operações e treinamentos com órgãos de segurança e inteligência. A logística de uma Cúpula de Chefes de Estado exige atenção dos órgãos operacionais municipais e uma campanha de comunicação aos cariocas, fluminenses e visitantes, a fim de que o evento ocorra sem transtornos irreversíveis e sem interrupção dos serviços essenciais à população”, acrescentou o prefeito.
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Em 2023, o grupo dos Brics foi ampliado com a entrada de outros seis países: Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos. No ano passadoo, foi criada a modalidade de países parceiros, na Cúpula de Kazan, na Rússia. Nela, países são convidados a participar da Cúpula de Chanceleres e de Líderes do Brics, e podem estar presentes em outras reuniões se houver consenso entre os membros. Atualmente, os parceiros são Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão. Ao longo de 2024, mais de 30 países mostraram interesse em participar do Brics tanto na qualidade de membros como de parceiros.
Se aprovada a lei, o feriado não contemplará:
Comércio de rua;
bares e restaurantes;
padarias;
hotéis, hospedarias e pousadas;
centros e galerias comerciais, bem como shopping centers;
estabelecimentos culturais, como teatros, cinemas e bibliotecas;
pontos turísticos;
empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de imagens, bem como empresas
programadoras e de produção de televisão por assinatura;
indústrias localizadas nas Áreas de Planejamento (APs) 3 (bairros da Zona Norte como
Penha, Ramos, Irajá, Madureira, Méier, Pavuna, Maré, Jacarezinho e Ilha do Governador),
4 (Barra da Tijuca e Jacarepaguá) e 5 (bairros da Zona Oeste como Bangu, Realengo, Campo
Grande, Santa Cruz e Guaratiba);
estabelecimentos que desenvolvem atividades por meio de trabalho remoto;
estabelecimentos prestadores de serviços e atividades essenciais (de saúde, segurança,
transporte, limpeza urbana, atacadistas, funerárias).