Ao ver os primeiros vídeos de flyboard na internet, não tive dúvidas: eu queria testar o novo esporte que vem fazendo sucesso aqui no Rio, uma traquitana meio na linha do filme De Volta Para o Futuro, só que sobre as águas. Sabia que não deveria seria fácil, afinal as imagens que assisti eram todas de profissionais em ação, mas me surpreendi. O instrutor não gastou mais do que cinco minutos com a explicação de como eu deveria me posicionar para conseguir emergir e voar sobre as águas da Restinga de Marambaia, onde testamos o equipamento. Com o peito voltado para baixo, bastaria usar a pressão feita pela água na prancha, causada pela aceleração do motor do jet ski, para colocar as pernas a 90 graus da superfície da água. E, assim, subir. Isso acaba acontecendo naturalmente, e você se posiciona instintivamente, sem grandes mistérios.
Levantar voo, no entanto, não é o mais complicado. Depois de emergir sobre as águas, difícil mesmo é manter o equilíbrio nos ares. Qualquer movimento mais brusco com os braços, ou um joelho flexionado sem querer, fazem com que você despenque lá de cima. A dica certeira foi: olhe para frente como se estivesse vendo um ponto fixo, para onde quisesse ir. E assim consegui subir e permanecer ali por alguns segundos. Não muitos. Talvez uns 10, no máximo, mas que pareceram bem mais. Lá em cima, concentração máxima e aquela deliciosa sensação de adrenalina na veia. E a impressão que se tem é de que você está a muitos e muitos metros de altura, talvez os 10 metros que a mangueira permite chegar. Mas quando perguntei ao instrutor o quanto havia subido, ele respondeu: “talvez uns 3, no máximo”.
A medida que você começa a ganhar confiança… e sobe, desce, vai um pouquinho mais alto, se estabaca na água, uma, duas, três vezes, a brincadeira vai ficando ainda mais divertida – e você mais confiante. Não se passaram nem 10 minutos praticando (a sessão dura 25 minutos) para que eu já fizesse a minha primeira manobra “radical”. Chamada de golfinho, nada mais é do que uma sequência de mergulhos feitos com o corpo todo para fora da água. Ok, não é tão radical assim perto de um mortal para trás, reconheço, mas deixei isso para os mais experientes – nem ousei tentar. Para quem estava ali pela primeira vez, achei que já estava me saindo muito bem com aqueles singelos mergulhos. E a conclusão ao final da experiência não poderia ser melhor: voltarei certamente porque a diversão é garantida.
Para fazer:
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