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Como se não houvesse amanhã

Festas e shows concorridos fazem da segunda-feira um dia nobre para os baladeiros

Por Rachel Sterman
Atualizado em 2 jun 2017, 13h14 - Publicado em 22 jan 2014, 18h15
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  • Engana-se quem pensa que segunda-feira e diversão são vocábulos excludentes. O primeiro dia da semana é útil não só para o pessoal de carteira assinada mas também para a turma que aprecia uma balada sem hora para acabar. Na madrugada de terça passada (14), a pista da boate Cave, em Copacabana, fervilhava como se não houvesse amanhã. O nome da festa que vem atraindo tanta gente já entrega o espírito da coisa: I Hate Mondays é promovida, na verdade, por um coletivo de fotógrafos e afins batizado de I Hate Flash. “Já fui trabalhar virada muitas vezes, é normal”, confessa candidamente a confeiteira Giulia Hora, 23 anos, frequentadora assídua da atração. “No caso desta festa, as pessoas até se poupam no fim de semana para aproveitá-la melhor”, diz a estudante Luiza Rocha, 19, ao lado da amiga. Como se não bastasse a música só parar depois da alvorada, os mais resistentes ainda dão uma esticada na Praia do Arpoador, mergulhando do jeito que vieram ao mundo. Bem mais comedidos, mas não menos animados, são o samba na Pedra do Sal, na Zona Portuária, e o Bar Semente, na Lapa, cujo anfitrião às segundas é o violonista Zé Paulo Becker, em uma jam session que vara a madrugada.

    Divulgação
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    Com o grande contingente de turistas à toa na cidade e de cariocas em férias ? além do reforço substancial daqueles que trabalham mas não estão nem aí para o dia seguinte ?, o verão, uma estação solar por excelência, costuma aquecer também a movimentação nas casas noturnas. Vale enfatizar que não é um privilégio carioca ter programação bombada no primeiro dia útil da semana. Em um dos clubes mais exclusivos de Nova York, o Avenue, essa noitada atrai celebridades em profusão. Na capital inglesa, a Funday Monday, na boate Cargo, costuma reunir badalados DJs, com a pista entupida de gente. Aqui no Rio, a concorrência entre os produtores, por ora, parece não ser agressiva: cada um se presta a agradar a determinada tribo. “Esse dia sempre foi meio morto”, diz Raul Aragão, um dos organizadores da I Hate Mondays. “Encontramos agora uma ótima oportunidade para reunir os amigos em um evento com a nossa cara e que vai até o amanhecer.” Com a vocação do carioca para se divertir, o único limite é a resistência física.

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