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Fiocruz fecha parceria com Oxford para produzir vacina contra coronavírus

Inicialmente serão 30,4 milhões de doses produzidas no câmpus de Bio-Manguinhos

Por Carolina Barbosa Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 29 jun 2020, 11h34 - Publicado em 29 jun 2020, 09h36
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  • O Ministério da Saúde anunciou no último sábado (27) a produção de 30,4 milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus em parceria com a Universidade de Oxford, sob um investimento de US$ 127 milhões. O primeiro lote está previsto para ser produzido em dezembro e o segundo em janeiro pela Bio-Manguinhos, laboratório instalado na Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), Zona Norte.

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    De acordo com o ministério, as doses só serão ministradas após o término dos estudos clínicos, bem como a comprovação da eficácia da vacina. O acordo anunciado prevê compartilhamento da tecnologia de produção da imunização.

    “Caso a vacina se mostre realmente eficaz, por sermos uma referência na região e termos larga capacidade produtiva, o acordo ainda nos coloca a possiblidade de sermos responsáveis pelo fornecimento da vacina para a América Latina”, conta a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima.

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    Ao término dos ensaios clínicos e com a eficácia da vacina comprovada, o acordo prevê uma segunda etapa, com a produção de mais 70 milhões de doses, ao preço de custo de 2,30 dólares por dose.

    Por ordem do Ministério da Saúde, como a instituição com capacidade de avaliar tecnologias, a Fiocruz vem realizando análises prospectivas de diversos projetos de vacinas que estão sendo desenvolvidos pelo mundo nos últimos meses, considerando também os riscos associados a cada uma delas.

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    “Nosso foco tem sido em vacinas em estágio mais avançado, com potencial tecnológico para atender às demandas do Ministério da Saúde e que utilizem plataformas que possam vir a ser reaproveitadas para outras emergências. A vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford atende a esses critérios. Isso significa que, como não estamos apenas comprando os lotes de vacinas e sim internalizando a produção, caso ela não se mostre eficaz após os ensaios clínicos, ainda assim poderemos aproveitar essas novas plataformas tecnológicas adquiridas e aprimoradas para outras linhas de produção”, comenta o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger.

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    Considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um dos projetos mais promissores até o momento, a vacina de Oxford está em fase 3 dos ensaios clínicos, que é a última etapa de testes em seres humanos para determinar sua segurança e eficácia.

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