Flamengo nega acusação de adulterar cena de incêndio no Ninho do Urubu
Em reportagem, engenheiro a serviço do clube diz que CEO Reinaldo Belotti queria impedir a perícia de descobrir uma possível negligência no local
O caso do incêndio no Ninho do Urubu ganhou mais capítulo nesta segunda (6), quando veio à tona a acusação de um engenheiro contratado pelo Flamengo que aponta o CEO do clube, Reinaldo Belotti, como responsável por adulterar a cena do local para impedir a perícia de escobrir uma possível negligência. Após a publicação da história pelo Portal Uol, o Flamengo emitiu uma nota negando qualquer adulteração na cena do acidente. O incêndio em um conjunto de contêineres-dormitórios no Centro de Treinamento do Flamengo matou dez meninos da base do clube, em fevereiro de 2019.
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“Jamais o senhor Reinaldo Belotti pediu a quem quer que fosse para adulterar a cena do local do incêndio, o que seria inútil haja vista a consumação imediata da perícia, logo após ao incêndio, bem antes dessa empresa e seu sócio surgirem no cenário. O clube também sustenta que ‘não há, em toda a vasta documentação produzida pelas autoridades públicas, qualquer elemento de prova que indique ou confirme a acusação leviana e caluniosa feita por esse senhor [o engenheiro José Augusto Bezerra]’” disse a nota. O profissional foi contratado para fazer um laudo independente do incêndio. Ele poderá ser processado pelo clube por vazar informações que estariam cobertas por sigilo contratual.
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Na entrevista, Bezerra disse que começou o trabalho no Flamengo no dia em que aconteceu a tragédia no CT, 8 de fevereiro de 2019. Dois dias depois, teria visto Belotti dar a ordem para arrancar os fios e um disjuntor que supostamente poderiam implicar o Flamengo de ter cometido uma negligência com a segurança do CT. “Compromete o resultado da perícia da polícia. É decisivo”, afirmou ao Uol. O portal teve acesso ao laudo de Bezerra, que aponta a “má instalação elétrica” do alojamento como uma das causas do incêndio.