Aos 126 anos – completados no último dia 15 de novembro -, o que não falta ao Clube de Regatas do Flamengo, além de títulos, é história. E a partir de agora não faltará espaço para mostrar tudo isso em grande estilo para torcedores do Brasil e do mundo: foi dado o pontapé inicial da construção do novo Museu Flamengo, com inauguração prevista para julho de 2022, na sede da Gávea. Em 1200 m² – que depois serão expandidos para 2.000 m² -, o futuro equipamento cultural será composto por 14 áreas temáticas e imersivas, abrangendo futebol, remo, basquete e outras modalidades que fazem do Flamengo o clube mais querido e vencedor do Brasil. A Nação Rubro-Negra, aliás, também terá seu lugar na tribuna de honra do museu.
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Interativo, o Museu do Flamengo terá soluções de Inteligência Artificial para tornar a experiência dos visitantes impactante e emocionante. O projeto – realizado em parceria com a Mude, que já concebeu e implementou 17 museus em seis países, entre eles os do River Plate, Boca Juniors, Benfica, Juventus e o Museu da Conmebol – contará com investimento total de R$ 18 milhões. Deste total, 30% serão bancados pela Mude Brasil, parte em capital próprio, parte através de um financiamento obtido junto à AgeRio.
Os outros 70% são resultado de patrocínios. Para tanto, já confirmaram participação no projeto BRB, Ambev, Epson, Tim, Universidade Estácio, Estapar e Trem do Corcovado, com parte dos recursos obtidos através das Leis Estaduais de Incentivo ao Esporte e à Cultura e da Lei Municipal de Incentivo à Cultura. O Clube de Regatas do Flamengo não usará recursos próprios no projeto.
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“Acreditamos que, em pouco tempo, o Museu Flamengo se tornará um ponto turístico do Rio de Janeiro, com enorme impacto positivo na economia da cidade. O museu abordará todos os momentos mágicos que formam o mosaico da história rubro-negra. Passado e presente se encontrarão com a mesma harmonia que se vê nos estádios entre nossa imensa torcida e o time” – planeja Rodolfo Landim, presidente do clube.
Ele está apoiado em números. De acordo com um estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o novo Museu Flamengo terá um impacto relevante no ecossistema turístico da cidade. Seu Índice de Alavancagem Econômica é de 37 reais, o que significa dizer que para cada um real investido no projeto, trinta e sete reais voltam para a economia carioca – seja em forma de impostos, na geração de postos de trabalho ou no incremento de serviços ligados ao turismo. Ainda segundo a FGV, o Museu Flamengo deverá gerar impacto econômico no Rio superior a 300 milhões de reais por ano.
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“Teremos um Museu moderno e interativo, no patamar dos melhores museus de clubes do mundo. Este é sem dúvida o maior legado que entregaremos para nossa imensa torcida, percorrendo os diversos momentos da história do Clube.” – afirma o Vice-Presidente de Patrimônio Histórico do Flamengo, Roberto Magalhães Diniz, responsável pela organização e preservação da memória do clube.
A Mude Brasil estima que o novo equipamento cultural do Rio dever atrair um público de 400 mil rubro-negros por ano, entre cariocas e turistas.
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“O Museu Flamengo foi o primeiro projeto que abraçamos no mercado brasileiro e que deu origem à nossa operação local. Estamos muito felizes por não apenas contar a história, mas por fazer história, com o clube mais querido do Brasil” – diz Marcelo Fernandes, CEO da Mude Brasil.
O Projeto do museu – que terá também um ambiente digital online, em que os visitantes poderão ter acesso a outros conteúdos e atrações – foi lançado em evento no salão nobre da sede social da Gávea, na noite desta quinta-feira (18).