Inaugurada com 137 alunos, na Avenida Vieira Souto, em Ipanema, a Escola Americana do Rio de Janeiro contava com uma “caranguejola”, um carro usado especialmente no transporte dos estudantes. Eles realizavam algumas atividades na praia, como a coleta de areia para experimentos. Um pouco da história da instituição está sendo recuperada nos 85 anos da instituição, comemorados nesta terça (15), após o recebimento de 33 fotos de época que retratam cenas como essas. Elas foram doadas por Peter Piazza, filho de Joseph Piazza, americano de ascendência italiana que fundou a escola e se se tornou adido cultural no Rio. O presente não poderia ter chegado em melhor hora: as imagens serão incluídas num vídeo que, com depoimentos de ex-alunos, contará a história do colégio, hoje com 1260 estudantes, divididos entre a Gávea e a Barra.
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As fotos são atribuídas à Genevieve Naylor, uma fotojornalista proeminente na década de 1940, que veio ao Brasil em missão para o Departamento de Estado americano. Segundo Peter, parte do material feito por ela foi exibido em uma exposição individual no Museu de Arte Moderna de Nova York, em 1945. Mais tarde, ela foi contratada para ser a fotógrafa pessoal de Eleanor Roosevelt, então primeira-dama dos Estados Unidos. “Meus pais conheceram Genevieve Naylor e adquiriram várias de suas fotografias do Rio”, relembra ele, que as encontrou enquanto organizava os pertences do pai, já falecido.
“É muito interessante descobrir um pouco mais sobre a história da escola e de como era o Rio antigamente. Estou há 5 anos no Brasil e sou apaixonado pela cidade. Fico imaginando como deveria ser viver aqui naquela época. A descoberta do material foi uma feliz coincidência para nós, uma vez que ele chegou perto do nosso aniversário de 85 anos”, diz Nigel Winnard, diretor-geral da Escola Americana do Rio de Janeiro.
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A escola, que hoje tem dois campus, é internacional (reúne alunos de mais de 30 nacionalidades, além de professores vindos de diversas partes do mundo) e sem fins lucrativos. Nascida em uma pequena casa alugada em Ipanema, com o apoio central da Câmara Americana de Comércio, em 1940 foi inaugurada, oficialmente, na Rua General Urquiza, no Leblon, já com quase 400 alunos. Em 1965, precisou procurar um novo espaço, mais apropriado. O local escolhido era uma área de 55 mil metros quadrados na Estrada da Gávea, comprado em 1966. A construção do prédio começou em 1969, quando o departamento de estado dos EUA e a Fundação Ford tornaram possível a obra. Ele foi inaugurado em 1971, com oito torres que, juntas, abrigam 80 salas de aula, oito laboratórios de ciências, duas bibliotecas com uma coleção de mais de 45 mil volumes, um ginásio, cafeteria, enfermaria, lanchonetes e um auditório de 350 lugares. As instalações esportivas incluem quadras de basquete, vôlei e futsal, pista de atletismo e um campo para jogos de futebol e softbol que acaba de ser reformado”, informa a comunicação da Escola.
Em 2014, a Escola Americana inaugurou sua segunda unidade, na Barra da Tijuca com espaços de aprendizado considerados inovadores, como o Learning Commons e o MakerSpace, além de instalações esportivas, incluindo uma academia coberta e um campo de futebol de grama sintética de alta qualidade.