Muito tem se falado na reunião do G20 influindo no trânsito e no esquema de segurança da cidade. Mas, afinal, do que se trata o encontro que mexer com a cidade desde esta quarta (21) e quinta (22)? O evento desta semana funciona como uma espécie de preparação para a Cúpula do G20, que está marcada para novembro, no Rio. Nesses dois dias, os ministros das Relações Exteriores dos países membros do “Grupo dos Vinte”, que reúne os países com as maiores economias do mundo, reuniem-se aqui porque o Brasil preside o grupo e submeterá três temas para discussão: inclusão social e combate à fome; transição energética e desenvolvimento sustentável; e reforma das instituições de governança global e organizações multilaterais, como a ONU.
+ Escola para todos: rede pública atrai estudantes de colégios particulares
O grupo foca em duas frentes de trabalho: a Trilha de Sherpas e a Trilha de Finanças. A primeira delas é composta por 15 grupos de trabalho e é supervisionada por emissários pessoais dos líderes do G20. Esses emissários acompanham as negociações entre os países, coordenam a maior parte dos trabalhos e discutem as principais pautas da agenda do grupo. O nome “Sherpas” é uma referência à etnia dos xerpas (em tradução para o português), que vive no alto do Himalaia, no Nepal. Os xerpas ajudam a guiar alpinistas que desejam chegar ao topo do Monte Everest. No caso do G20, os “Sherpas” são os líderes de cada país.
Já a Trilha de Finanças trata de assuntos macroeconômicos e é comandada por membros dos ministérios da Economia e presidentes dos bancos centrais dos países que integram o bloco.
A trilha tem sete grupos de trabalho.
O G20 surgiu em 1999, após uma série de crises econômicas mundiais na década de 1990. A ideia era reunir os líderes para discutir os desafios globais econômicos, políticos e de saúde. Juntas, as nações do G20 representam cerca de 85% de toda a economia global, mais de 75% do comércio mundial e cerca de dois terços da população mundial. O G20 conta com presidências rotativas anuais. O Brasil, atual presidente do grupo, tomou posse em 1º de dezembro de 2023 e fica no comando até 30 de novembro de 2024. Durante esse período, o país deve organizar 100 reuniões oficiais. A principal delas será a Cúpula do G20 do Brasil, programada para os dias 18 e 19 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro.
+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui
Confira quais países fazem parte do G20:
África do Sul;
Alemanha;
Arábia Saudita;
Argentina;
Austrália;
Brasil;
Canadá;
China;
Coreia do Sul;
Estados Unidos;
França;
Índia;
Indonésia;
Itália;
Japão;
México;
Reino Unido;
Rússia;
Turquia;
União Europeia;
União Africana.