Apesar de ser um crime previsto no artigo 155 do Código Penal, com pena de até oito anos de prisão, 37,5% dos moradores do estado do Rio furtam energia. Na prática, para cada 10 pessoas que pagam normalmente contas de energia, outras seis fazem “gatos” de luz para usufruir da eletricidade fornecida pela Light. A prática acontece em toda parte. Na semana passada, a concessionária identificou “gatos” no consumo de um salão de beleza, um restaurante, um bar e uma residência localizados no Parque da Cidade, na Gávea, Zona Sul do Rio. Na ocasião, quatro pessoas foram levadas para a delegacia para prestar esclarecimentos. Juntas, elas deixavam de pagar cerca de R$ 2,5 mil por mês.
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Segundo balanço feito para o portal G1, o Complexo do Alemão e a Rocinha têm os maiores índices de furto de energia: 86% e 84%, respectivamente. Na sequência estão: Vila Kennedy (82%), Cesarão/Três Pontes (82%) e Cidade de Deus (61%). Além das comunidades, a Zona Norte e municípios da Baixada Fluminense são as regiões com maior incidência de “gatos”. Em Queimados, na Baixada, duas pessoas foram levadas para a 55ªDP pela prática em um restaurante e em um depósito de mercado. A fraude ocorria há um ano e foi confirmada por peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli.
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“As ligações clandestinas são contra a lei e perigosas, pois podem ocasionar acidentes e incêndios. Além disso, este tipo de crime causa interrupções no fornecimento de energia, devido à sobrecarga na rede elétrica”, explicou ao portal a concessionária, em nota. A prática pode sobrecarregar os transformadores de energia.