Por que general Braga Netto está em cela refrigerada com TV e geladeira

Ele está isolado em sala usada por chefe do Estado Maior da 1ª Divisão do Exército, cargo que só fica abaixo do comandante da unidade

Por Da Redação
16 dez 2024, 11h54
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General Braga Netto: prisao especial é uma prerrogativa dos militares antes da condenação definitiva e, pelas regras, oficiais não ficam atrás das grades dentro de unidades militares (Beto Barata/Presidência da República/Divulgação)
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Preso no sábado (14) por obstrução de justiça nas investigações sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, o general Walter Braga Netto está sendo mantido no quarto do chefe de Estado Maior da 1ª Divisão do Exército, em Deodoro, na Zona Oeste. O local precisou ser improvisado para receber o oficial, pois não havia na estrutura do Exército no Rio um espaço adequado para o isolamento de um general de quatro estrelas, que é a patente de Braga Netto.

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A prisão especial é uma prerrogativa dos militares antes da condenação definitiva e, pelas regras, oficiais não ficam atrás das grades dentro de unidades militares: eles são presos em alojamentos. Segundo informações obtidas pelo Fantástico, da TV Globo, a sala em que está o militar tem armário, geladeira, ar-condicionado, televisão e banheiro exclusivo. As refeições são feitas no rancho, o restaurante onde os oficiais de patentes mais altas comem. Ele tem direito a quatro refeições por dia: café da manhã, almoço, jantar e ceia.

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Braga Netto está preso em uma unidade que já foi subordinada a ele de 2016 a 2019, quando chefiou o Comando Militar do Leste (CML), unidade que comanda o Exército no Rio, Espírito Santo e Minas Gerais. A 1ª Divisão é o quartel que reúne os batalhões operacionais do CML. O Fantástico apurou que a prisão dele neste batalhão está gerando mal estar entre os militares. O comandante da unidade tem três estrelas. A prisão do general teve como base decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a decisão, “Braga Netto atuou no sentido de obter informações relacionadas ao acordo de colaboração firmado com Mauro Cid” – o então ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Além disso, o ministro considerou que o depoimento prestado por Cid aos investigadores, no dia 21 de novembro, apresentou elementos que permitem caracterizar a existência de conduta dolosa de Braga Netto no sentido de impedir ou embaraçar as investigações em curso. A defesa de Braga Neto nega que ele praticou “qualquer obstrução ou embaraço as investigações”.

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