Quem usa transporte público no Rio sabe que os meios de transporte são deficientes, faltam investimentos do governo e educação por parte de motoristas e trocadores. Os problemas, no entanto, não se restringem apenas à empresas. Nesta semana, a Supervia, responsável pelos trens cariocas, iniciou uma campanha para o uso de fone de ouvidos em suas composições. A iniciativa aconteceu após o aumento de reclamações relacionadas ao som alto de quem ouve música no celular sem usar fones. A cena se tornou corriqueira com o barateamento de aparelhos telefônicos com mp3, arquivo de áudio usado para baixar música na internet. Mas há outras atitudes que tiram do sério os passageiros. Listamos abaixo cinco situações capazes de tirar o humor de qualquer pessoa.
Ouvir música no viva voz
Nova polêmica nos transportes cariocas, ouvir música no celular é comum e já motivou vídeos indignados no Youtube. Num deles, o internauta Alex Pedrosa esbraveja contra os que chama de “DJs do ônibus”. O vídeo rendeu polêmica, já que Alex atribui o barulho aos funkeiros, que se sentiram alvo de preconceito. Barracos à parte, o problema é irritante que a concessionária de trens Supervia espalhou cartazes em que pede aos usuários que usem fones de ouvido para escutar música.
Falar alto ao celular O brasileiro é viciado em celular. O país tem 194 milhões de linhas móveis, mais que sua população, estimada em 191 milhões. No Rio, há 1 celular por pessoa e o carioca faz de tudo através do aparelho, de pagar contas e fechar negócios a discutir a relação com o parceiro. Tanta facilidade expôs o que antes era privado aos deconhecidos. Quem fala alto ao usar o aparelho torna público situações ridículas, como detalhes da noitada anterior, fofocas do trabalho e picuinhas com vizinhos. Tem coisa mais irritante que saber detalhes sobre o namoro da estranha que está sentada atrás de você?
Atravancar o caminho enquanto manda mensagensSmartphones são fontes inesgotáveis de distração. Com mil recursos, permitem o uso da internet, de jogos e mensagens. A confusão, no entanto, acontece quando o usuário para no meio do vagão, ou do corredor do ônibus, para tuitar ou escrever um email. O caminho acaba obstruído e a pessoa jamais se dá conta de que sua péssima localização está atrapalhando.
Sentar no lugar de idoso Essa é uma falta de educação antiga, e já acontecia antes das gafes ligadas à tecnologia. O cidadão entra no ônibus, ou no metrô, e os lugares estão ocupados. Sobra apenas aquele espaço prioritário, destinado aos idosos, gestantes e cadeirantes. Nos ônibus, a falta de educação é generalizada e poucos reclamam do uso indevido do assento especial. Nos metrôs, os bancos são sinalizados com uma cor laranja berrante e adesivos, o que torna a transgressão mais constrangedora e inibe os adeptos da malandragem.
Fingir que está dormindo Outra situação gritante. Todos os lugares ocupados e a gestante para, em pé, ao lado marmanjo. “Esperto”, ele discretamente vira para o lado e finge que está dormindo. Dessa forma, consegue garantir seu lugar sem se sentir pressionado pela pobre grávida. Quem já viu essa atitude sabe o quanto é ridicula, mas bastante comum. É o caso de acordar o cidadão sonolento e pedir para que, gentilmente, ceda seu lugar a quem precisa.
Esquecemos de alguma atitude irritante? Deixe aqui seu protesto, quem sabe o folgado leia e se arrependa.