Uma equipe técnica do Departamento de Recursos Minerais do Rio vai atuar em Maceió, Alagoas, que decretou situação de emergência, na última quinta (30), por conta do iminente colapso de uma mina de exploração de sal-gema da Braskem, que pode provocar o afundamento do solo em vários bairros. Em uma publicação nas redes sociais neste domingo (3), o governador Cláudio Castro anunciou que a equipe vai auxiliar no diagnóstico e na melhor maneira de enfrentar a situação, considerada mais grave nos bairros de Mutange, Pinheiro e Bebedouro, que sofreram nos últimos abalos sísmicos devido à movimentação da mina 18. O grupo já chegou à capital alagoana. São quatro geólogos especializados em avaliação de risco e o presidente do Departamento, Luiz Magalhães.
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“O Rio de Janeiro é solidário a Alagoas neste momento em que a capital Maceió está na iminência de um desastre (…) Nossa solidariedade ao povo alagoano!”, postou o governador. A mina 18 é formada por cavernas abertas pela Braskem para extração de sal-gema e que estavam sendo fechadas desde que o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) confirmou que a atividade havia provocado o afundamento do solo na região. A matéria-prima é usada na indústria para obtenção de produtos como cloro, ácido clorídrico, soda cáustica e bicarbonato de sódio. Por conta do iminente colapso da mina, que pode provocar o afundamento do solo, a área já está desocupada e isolada desde desde terça (28). Durante a semana passada, o afundamento chegou a 50 cm por dia.
Durante um show no Rio neste sábado (2), o alagoano Djavan comentou o drama que vive a população de sua cidade natal: “Eu quero aproveitar para me solidarizar com o povo de Alagoas, com o povo de Maceió, pelo que ele está sofrendo, pelo total descaso das autoridades. É um absurdo o que está acontecendo em Maceió. Eu apelo para que isso seja resolvido o mais breve possível porque o povo está sofrendo muito“.
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Em nota, a Braskem afirma que continua mobilizada e monitorando a situação da mina 18, tomando as medidas cabíveis para minimização do impacto de possíveis ocorrências. A empresa destaca que a região está desabitada desde 2020. “Referido monitoramento, com equipamentos de última geração, foi implementado para garantir a detecção de qualquer movimentação no solo da região e viabilizar o acompanhamento pelas autoridades e a adoção de medidas preventivas como as que estão sendo adotadas no presente momento”, disse a empresa. A mineradora afirma que vem adotando as medidas para o fechamento definitivo dos poços de sal, conforme plano apresentado às autoridades e aprovado pela Agência Nacional de Mineração (ANM). Esse plano registra 70% de avanço nas ações, e a conclusão dos trabalhos está prevista para meados de 2025.