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Mistério: morte de três girafas que iriam para Bioparque é investigada

Elas faziam parte de grupo de 18 animais da espécie que vieram da África do Sul e passavam por adaptação em resort em Mangaratiba, de onde tentaram fugir

Por Da Redação
20 jan 2022, 13h07
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Bioparque: espaço ainda não tem girafas, pois o casal da espécie que vivia no antigo zoológico do Rio morreu há sete anos. (Leticia Pimenta/Divulgação)
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Biólogos estão investigando o que levou à morte três das dezoito girafas trazidas da África do Sul e que seriam levadas para o Bioparque do Rio. Os animais estavam passando por adaptação no Resort Safari Portobello, em Mangaratiba, há mais de dois meses e teriam tentado fugir. Segundo ambientalistas, o espaço seria pequeno e não adequado para os bichos. A denúncia foi exibida RJ-TV, da TV Globo, nesta quarta-feira (19).

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O Bioparque da Quinta da Boa Vista não tem girafas, pois o casal da espécie que vivia no antigo zoológico do Rio morreu há sete anos. Em 14 de dezembro, três dos animais que estavam no resort em Mangaratiba escaparam de um local onde estavam tomando sol. Seis dos delas derrubaram as cercas de madeira e correram para longe do espaço. Horas depois, elas foram recapturadas e, à noite, metade das que fugiram morreu. As causas para isso estão sendo investigadas. Elas não teriam sofrido ferimentos durante a recaptura. Veterinários da equipe do Bioparque participaram da elaboração do laudo que foi enviado para o Ibama.

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Uma das hipóteses levantadas pelos biólogos do Bioparque é que tenha havido um “pico de atividade física“, que poderia ter feito os animais desenvolverem doenças “relacionadas ao tecido muscular esquelético” e  levado às mortes.

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O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informou que vistoriou o espaço antes de as girafas chegarem e que constatou que o local estava em boas condições. Informou, ainda, que o resort é licenciado por órgãos competentes e preparado para as necessidades dos animais. Mas um ambientalista ouvido pelo RJ-TV discorda. Márcio Antônio Augelli afirmou que os animais estavam em galpões com chão úmido e cimentado. De acordo com ele, o local não serve para os animais fazerem quarentena, sem verem a luz do dia e pisando em fezes.

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O Inea confirmou as mortes das girafas e informou que se reuniu com representantes do Ibama e do Bioparque para tratar do assunto. O laudo de necropsia, segundo o instituto, deve ficar pronto nos próximos dias e pode indicar a causa da morte dos animais. Com os resultados, o Inea pretende fazer uma nova vistoria local. Em nota, o Ibama informou que vai apurar eventuais irregularidades cometidas pela empresa que importou as girafas. E acrescentou que a autorização para importação delas foi emitida após avaliações feitas no zoológico do resort Portobello. A liberação, informou o instituto, também foi dada pelo Instituto Estadual do Ambiente e pelo Ministério da Agricultura.

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