Sem salários desde o começo do ano, funcionários e técnicos do Programa Rio Sem Homofobia, da Secretaria de Estado de Direitos Humanos do Rio de Janeiro, devem receber os pagamentos de janeiro, fevereiro e março até sexta-feira (19), segundo a Secretaria de Estado de Fazenda e Planejamento.
O anúncio foi feito na última quarta (17), coincidindo com o Dia Internacional de Combate à Homofobia, data que marca a retirada do termo homossexualismo da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 17 de maio de 1990.
“Hoje (quarta 17) é uma data importante, uma data de luta e nós conquistamos mais uma vez a questão do Programa Rio Sem Homofobia, que vinha passando por algumas dificuldades”, disse o coordenador do programa, Fabiano Abreu.
Além da falta do pagamento aos funcionários e técnicos, o Rio Sem Homofobia enfrenta a falta de recursos para manter os serviços de atendimento psicológico, jurídico e social nos centros de Cidadania, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense; em Niterói, na região metropolitana; em Nova Friburgo, na Região Serrana; e na capital.
Segundo Abreu, a situação precária obrigou o programa a fazer ajustes para impedir a suspensão total do atendimento. Na última terça-feira (16), o serviço foi restabelecido na capital e pelo número 0800 023 4567, do Disque Cidadania LGBT, entre 10h e 17h. “Estamos com corpo técnico para atender às pessoas que precisam”, disse Abreu. Segundo o coordenador, os postos fora da capita voltarão a funcionar assim que os salários forem pagos.