O secretário estadual de Transportes, Washington Reis, anunciou que as obras da estação Gávea do Metrô serão reiniciadas ainda em 2023. Em entrevista ao podcast Desenrola, do jornalista Edimilson Ávila, nesta quinta (9), ele afirmou que está fechando os últimos detalhes com o consórcio construtor da Linha 4 e com a concessionária MetrôRio: “O consórcio vai executar a obra e a Metrô Rio vai bancar estes investimentos, na ordem de 600 milhões de reais“, disse, acrescentando que o governo do estado não vai precisar contribuir com nem um real.
+ Sebo criado por médicos invade praça com empréstimos gratuitos de livros
Em agosto, uma série de emails entre os envolvidos veio à tona pela imprensa. Neles a MetrôRio propunha ao governo do estado concluir as obras da estação da Gávea – cujo buraco, de 35 metros de profundidade está inundado desde 2017 – e reduzir a tarifa em troca do aumento do tempo de concessão em dez anos e da unificação do contrato das Linhas 1 (Tijuca—Ipanema) e 2 (Pavuna—Estácio) ao da Linha 4 (Ipanema—Barra). Diante do pedido, o governo publicou uma resolução conjunta — dos titulares da Secretaria de Transportes, da Riotrilhos, da Procuradoria-Geral do Estado e da própria MetrôRio — instituindo grupos de trabalhos para analisar a viabilidade jurídica, econômica e técnica de engenharia da proposta de retomada das obras da estação da Gávea.
A MetrôRio, responsável hoje pelas Linhas 1 e 2, demonstrava intenção de assumir a concessão da Linha 4, da Rio Barra-CRB. Como contrapartida da unificação dos contratos, a concessionária se dispunha a investir 600 milhões de reais para terminar a estação da Gávea, cujas obras estão paradas desde 2015, e a reduzir a tarifa cheia, hoje de R$ 6,90, em R$ 0,40. As concessões terminam em 2036 (Linha 4, conforme aditivo de 2012) e em 2038 (linhas 1 e 2, na renovação em 2007).
+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui
Washington Reis não deu mais detalhes sobre em que circunstâncias deve se dar a retomada das obras. “Em oito dias temos reunião para bater o martelo e colocar para rodar”, disse, garantindo que “nessas seis ou sete semanas (até o fim do ano) terá início esta grande obra”, já que ela não precisa ser licitada, o que sem dispensa a burocracia dos prazos.