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Hamilton de Holanda sobre pandemia: “Transformei a tristeza em música”

Bandolinista adianta que, assim que a vacina contra a Covid-19 sair, fará um Baile Sem Máscaras no Circo Voador

Por Bruna Motta
14 out 2020, 11h04
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  • O músico Hamilton de Holanda foi o primeiro convidado da nova série de lives da Veja Rio, #VejaRioAoVivo. No bate-papo, conduzido pela repórter Marcela Capobianco nesta terça (13), o bandolinista falou sobre o “novo normal” das apresentações musicais, as transformações vividas na pandemia e o que espera sobre o futuro.

    Hamilton está em turnê pela Europa e será uma das atrações do Rio Montreux Jazz Festival, que acontece entre os dias 23 e 25 de outubro, numa edição on-line. Ele conversou com VEJA Rio diretamente de Luxemburgo.

    “O palco é um lugar sagrado e necessário para mim. Eu já não via a hora de voltar”, celebrou o músico.

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    Confira abaixo alguns trechos da conversa:

    Shows on-line

    “Confesso que durante esses sete meses me senti num vazio terrível. O palco é sagrado. As lives vêm sendo uma maneira muito boa de encontrar as pessoas, ainda que virtualmente. É diferente não receber aplausos, mas é legal perceber que o afeto vem pela tela, com os coraçõezinhos que pipocam durante a live. Vamos nos adaptando e dando nosso jeito”

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    Novo normal

    “O mundo inteiro está igual. Nos shows, todo mundo fica de máscara, com álcool em gel nas mãos. Nos hotéis, os copos e objetos são desinfetadas e empacotados. É tudo muito diferente”

    Reavaliação de rota

    “Aproveitei a quarentena para entrar de cabeça no curso on-line que eu dou, sobre improvisação musical. Também fiz algumas lives, mas muitas vezes me sentia triste. Não fiz as três turnês que realizaria nos Estados Unidos e os shows marcados para a Europa, que seriam em abril, estou recuperando agora. Um outro ponto positivo foi poder passar mais tempo com os meus filhos. Eu viajava muito, então foi gostoso ficar junto com a família por mais tempo”

    Arte salva

    “Ao compor, transformei toda a tristeza em música. Desde o primeiro dia do ano faço uma música por dia. Na pandemia, tive alguns problemas com a inspiração. Acho que o que me inspira é a convivência, a troca com outros seres humanos. Dessa vez, a inspiração veio da família, da tristeza, das lembranças… Minha maneira de sublimar a tristeza é criando música”

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    Futuro

    “A live é um caminho sem volta. Essa possibilidade de tocar com um amigo que está em outro continente é incrível. O famoso delay já está sendo revertido, uso inclusive um aplicativo muito bom: jam kazam, que faz com que os músicos toquem sem delay. Fico imaginando que daqui para frente as pessoas vão começar a fazer evento on-line e presencial ao mesmo tempo. Também não vejo a hora de voltar com o Baile do Almeidinha, no Circo Voador. Já combinei com a direção do espaço que faremos o primeiro Baile Sem Máscaras”.

    +Grátis: festival exibe apresentações de dança e música clássica no YouTube 

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