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Os vinhos para o Natal

Faça uma ceia para ninguém colocar defeito. VEJA Rio preparou um guia com dicas sobre como harmonizar a bebida de Baco com quitutes natalinos doces e salgados

Por Daniela Pessoa
Atualizado em 5 dez 2016, 15h50 - Publicado em 19 dez 2011, 02h45
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  • Noite de Natal é sinônimo de mesa farta, abundância de sabores e aromas. Diante da infinidade de quitutes natalinos, salgados e doces, é preciso pensar na harmonia dos pratos e bebidas para que o sabor de um não anule o do outro. São inúmeras as combinações que realçam o paladar e tornam a ceia ainda mais apetitosa. Para garantir o sucesso da festa, anote as dicas de harmonização e boa ceia.

    – Três tipos de vinho são essenciais para deixar as iguarias típicas do Natal ainda mais gostosas: um branco, um tinto leve como o Dolcetto, o Chianti e o Tempranillo, além de um espumante para acompanhar os doces e, é claro, o brinde. Se preferir, este último pode ser substituído por um vinho de sobremesa.

    – Calcule meia garrafa de cada por pessoa, mas é conveniente ter duas ou três reservas. Um exemplo: para uma ceia com vinte pessoas, são três brancos, cinco tintos leves e quatro tintos encorpados (duas garrafas ficam na reserva).

    – Vinhos brancos devem ser servidos entre 10°C e 12°C em taças próprias, ovaladas e menor do que as dos tintos, para que a bebida não aqueça.

    – Os vinhos tintos, por sua vez, devem ser mantidos entre 16°C e 18°C e servidos em taças próprias, ovaladas, de tamanho um pouco maior do que as de vinho branco, para que a bebida desenvolva seus aromas.

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    – Já os espumantes devem ser levados à mesa em um balde cheio de gelo e água, de modo que possa ser servido a cerca de 8ºC. Se tiver disponível, use a taça do tipo tulipa (levemente ovalada), do contrário recorra à tradicional flûte.

    – Para receitas de bacalhau mais leves, tipo brandade de bacalhau ou bacalhau com natas, o vinho ideal é um branco português do Dão, da casta Encruzado, ou do Minho, da casta Alvarinho. Se o bacalhau vier em postas, dessalgado, outra boa opção de combinação é com um vinho branco seco, de bom corpo, como os portugueses da variedade Bical ou um Chardonnay da argentina, do Chile ou do Brasil. É possível optar, ainda, por um feito com a uva Riesling.

    – Já para as receitas mais temperadas do peixe, como zé do pipo e gomes de sá, prefira um tinto português, como os da região do Alentejo. Se o bacalhau for desfiado, experimente servir com um tinto seco também português como o Tinta Roriz, ou com um brasileiro feito com a uva Merlot.

    – Para o clássico peru de Natal, aposte em um vinho tinto seco maduro, como o Borgonha ou o Pinot Noir californiano, de Sonoma, ou ainda em um tinto chileno de Casablanca. Tintos leves como o Dolcetto e o Chianti também realçam o sabor do prato.

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    – Tratando-se do tradicional pernil de presunto, a dica é optar pelo tinto seco frutado, como o Malbec argentino ou o Merlot nacional.

    – Carnes suínas também harmonizam com brancos da uva Riesling, que podem ser alemães, franceses ou australianos. Se a receita tiver algum tipo de doçura (molhos agridoces, frutas em calda, fios de ovos etc), a melhor opção é um meio-seco alemão. Para quem prefere vinho tinto, o espanhol Tempraniz é uma boa escolha. Mas, se o prato levar ingredientes adocidacos, opte pelo tinto Carménère chileno.

    – Com frutos do mar, o vinho ideal depende do modo de preparo da receita. Se for um camarão frito ou grelhado, por exemplo, sem molho e/ou com gotas de limão, escolha um branco Sauvignon Blanc. No caso de molhos cremosos ou amanteigados, recomenda-se um Chardonnay.

    – Se o prato, seja qual for, levar ingredientes típicos de Natal, como damasco, tâmara, nozes ou avelãs, prefira os vinhos Jerez Oloroso, Madeira Malmsey ou um Porto Tawny.

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    – Quer caprichar na sobremesa? Sirva as rabanadas, panetone, frutas secas e nozes com vinhos fortificados como Porto, Marsala e Madeira. O panetone também fica delicioso com espumantes doces do tipo Moscatel.

    – Na dúvida de qual vinho escolher para a sua ceia, eleja um bom espumante, que é o curinga das harmonizações. A bebida cai bem com a maioria das carnes brancas, sobremesas e frutas de Natal e Réveillon. Por ser refrescante, combina também com o calor do fim de ano.

    – Para quem não quiser gastar com Champagne, há uma variedade grande de espumantes nacionais de excelente qualidade, com boa relação custo-benefício, como o Millésime Brut, o Gran Reserva Natura e o Monte Paschoal Brut.

    – Por fim, os espumantes rosés bem frios, como os Malbec Rosé argentinos, também são ótimas opções para quem deseja uma ceia mais fresquinha.

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    Agora, é só escolher o seu vinho. Boas festas!

    Com informações de Euclides Penedo Borges, diretor da Associação Brasileira de Sommeliers, filial do Rio de Janeiro (ABS-Rio), e do especialista em vinhos Marcelo Copello, do blog Vinoteca

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