O Hemorio inicia nesta semana um estudo inédito que vai utilizar o plasma doado por vacinados contra a Covid-19 para tratar pacientes em estágio inicial da doença. A primeira fase será de coleta dos doadores que já receberam as duas doses do imunizante, há pelo menos catorze dias.
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Serão tratadas pessoas acima de 40 anos com quadro leve ou moderado e, ao todo, 380 pacientes das redes de saúde do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul participarão do estudo. Desse total, apenas metade receberá a transfusão do plasma, para que seja comparada sua eficácia. Os grupos serão determinados por meio de um sorteio e os pacientes vão se recuperar em casa, com acompanhamento dos pesquisadores.
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A técnica do uso do plasma convalescente (ou hiper-imune) começou a ser utilizada na epidemia da Gripe Espanhola, em 1918. Pesquisadores acreditam que o tratamento possa diminuir as taxas de internação dos pacientes, já que a vacina produz um tipo específico de anticorpo mais eficiente no combate ao vírus. “Nossa expectativa é que, caso os resultados sejam positivos, um tratamento eficaz, para as fases iniciais da doença, possa ser utilizado em número maior de pessoas”, afirma o diretor geral da instituição, Luiz Amorim.
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Em 2020, o Hemorio e outras instituições do estado e outros países realizaram pesquisa similar, mas com plasma de pessoas que haviam se recuperado da doença. Dados preliminares obtidos sugerem que a técnica pode ser eficiente para neutralizar o vírus logo no começo da infecção.