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Histórias Cariocas

Memória da Cidade A explosão em um restaurante na Praça Tiradentes que matou imediatamente três pessoas e deixou dezessete feridos na quinta-feira (13) chamou atenção para duas coisas. A primeira é a forma irregular como o estabelecimento armazenava seus cilindros de gás, em um ambiente inadequado pela falta de ventilação. A segunda questão é exatamente […]

Por Lula Branco Martins
Atualizado em 5 jun 2017, 14h48 - Publicado em 19 out 2011, 17h09
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  • Memória da Cidade

    A explosão em um restaurante na Praça Tiradentes que matou imediatamente três pessoas e deixou dezessete feridos na quinta-feira (13) chamou atenção para duas coisas. A primeira é a forma irregular como o estabelecimento armazenava seus cilindros de gás, em um ambiente inadequado pela falta de ventilação. A segunda questão é exatamente o lugar da tragédia. A Praça Tiradentes vivia até pouco tempo atrás abarrotada de terminais de ônibus e era um martírio passar por lá. Mas após um ano de obras se transformou em um agradável ponto turístico ? que não deve se abalar com a fatalidade. O largo tem história. Em 1821, quando ainda era chamado de Campo do Polé, o então príncipe Pedro jurou ali fidelidade à Constituição portuguesa. Chiquinha Gonzaga viveu (e morreu) no local, em uma casa já derrubada. E, embora o logradouro tenha sido batizado com o apelido do mártir da Inconfidência Mineira, Joaquim José da Silva Xavier não foi enforcado lá, mas em um endereço próximo: a Avenida Passos, numa manhã de sábado, em 21 de abril de 1792.

    O deus do computador

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    historias02.jpg (Divulgação)

    A Arena HSBC, na Barra, vem fazendo um levantamento, desde o início do ano, sobre a porcentagem de ingressos vendidos diretamente em suas bilheterias e dos comprados pela internet. A via eletrônica costuma ser responsável por algo entre 55% e 70% das vendas. Na semana passada, o show do guitarrista inglês Eric Clapton bateu um recorde: 82% das pessoas adquiriram os bilhetes pelo computador.

    Sapato no pé e olhos na decoração

    A Gonçalves Dias, no Centro, é conhecida pelo requinte de casas centenárias, como a Confeitaria Colombo. Menos famoso, o sobrado que ocupa o número 13 daquela rua chegou a abrigar sorveterias, já foi lugar de vender roupa (a Loja de Sedas, no início dos anos 30) e entre 1934 e 2008 era ali que ficava a Casa Daniel, de presentes finos. No ano passado a Arezzo comprou o casarão e há cinco meses abriu ali sua maior loja na cidade. A rede de artigos de couro e calçados femininos bancou o restauro de peças como um painel de faiança com desenhos florais, típico do estilo art nouveau, com data presumida de 1900, além de recuperar vitrais, a claraboia e o próprio chão ? assim, a cliente compra o sapato e pisa num pedaço, tinindo de novo, da história do Rio.

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    Brincadeira de criança

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    historias06.jpg (Divulgação)

    Pequenos ipanemenses ganharam, na semana passada, mais uma opção para brincar aprendendo ? ou vice-versa. O centro de atividades Gymboree Play & Music, cujo método foi criado nos Estados Unidos, nos anos 70, por pediatras e professores de Harvard, abriu sua segunda filial no Rio (a pioneira fica no Downtown, na Barra). Trata-se de uma escola especializada na educação de crianças com até 5 anos de idade. O contato com o idioma inglês é constante, assim como a interação com música, dança e esporte. Ali não há lugar para bebê bicho do mato: a criação de vínculos de amizade é estimulada o tempo inteiro. E meninos e meninas com necessidades especiais têm um programa próprio, que trabalha a psicomotricidade e os cinco sentidos.

    A volta da filha pródiga

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    historias04.jpg (Divulgação)

    Carioca hoje radicada em São Paulo, Maria Ignez Barbosa vem à cidade lançar Histórias de Estilo e Décor (pela Metalivros), na Argumento do Leblon, na quinta-feira (20). A obra reúne sessenta textos, alguns deles dedicados a momentos marcantes do design, da arquitetura e da decoração do Rio. O casario do Largo do Boticário mereceu um capítulo especial, assim como o Palácio Laranjeiras ? há deliciosas histórias sobre os presidentes que nele moraram. Experiente jor­nalista, ex-embaixatriz em Londres e Was­h­ington, Maria Ignez trabalhou no Correio da Manhã e no JB e ganhou notoriedade em 1968 ao publicar Gentíssima, que juntava entrevistas com grandes nomes da cultura brasileira.

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