Considerada a maior nadadora brasileira de todos os tempos, Maria Lenk (1915-2007) poderá ser oficialmente titulada a patrona da natação no país. A proposta, do deputado Chico D’Angelo, foi aprovada nesta quarta (8) pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara e encaminhada para análise no Senado Federal.
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A atleta foi a primeira mulher do Brasil e da América do Sul a participar dos Jogos Olímpicos, no ano de 1932, em Los Angeles. Em uma época em que a presença feminina no evento ainda era malvista pela sociedade, Lenk competiu ao lado de uma delegação completamente masculina. Nas competições de Berlim, em 1936, também marcou a história das Olimpíadas ao introduzir o nado borboleta em uma prova de peito.
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No auge da sua carreira, em 1839, Lenk quebrou dois recordes mundiais de 400m e 200m no estilo peito, nas piscinas do Clube de Regatas Guanabara, em Botafogo. Nascida em São Paulo, ela começou a nadar no rio Tietê – na época ainda sem poluição – alcançando já aos dezessete anos um nível internacional.
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No Rio, além dos recordes conquistados, contribuiu na década de 1940 com a fundação do curso de Educação Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O nome da nadadora também é homenageado no Parque Aquático Maria Lenk, na Barra da Tijuca, construído para receber as competições de natação, nado sincronizado e saltos ornamentais dos Jogos Pan-americanos de 2007.