Em busca de distração nos dias de confinamento, muita gente aventurou-se pela cozinha. Multiplicaram-se os padeiros, boleiros e chefs de Instagram. Mas vamos combinar: saudade do conforto e dos sabores de um bom restaurante, né, caro leitor? A recíproca é verdadeira.
Nestes tortuosos meses de pandemia, profissionais da gastronomia se desdobraram para sobreviver à temporada de portas fechadas e adaptar seus empreendimentos seguindo as regras de flexibilização. Quem é do ramo sabe que o caminho vai ser longo: segundo pesquisa exclusiva de VEJA RIO, realizada com 150 profissionais, o movimento não tem ultrapassado os 25% na maioria das casas.
+Pesquisa revela o que mudou na forma de comer e beber fora de casa
Para complicar, os primeiros passos da retomada foram manchados por tristes notícias de falências de redutos conhecidos e pelo mau comportamento de cariocas aglomerados nos points da cidade. Reconquistar a confiança da clientela é parte da missão.
O levantamento com chefs e restaurateurs que chega à capa desta edição revela, ainda, as principais mudanças no serviço e na comida, promovidas para garantir a segurança de todos, a sobrevivência dos negócios e, ao mesmo tempo, a satisfação dos desejos gastronômicos daqueles que andavam sentindo falta de uma refeição apetitosa fora de casa.
+Daniel Boulud: “Os bons restaurantes alimentam a alma das pessoas”
Ao menos enquanto não houver vacina, estaremos diante de uma experiência diferente. Alguns empreendimentos já surgem adequados aos novos tempos. Um restaurante com cabines isoladas e pedidos feitos diretamente por aplicativo – modelo praticado em diversas cidades do exterior, como Amsterdã, Londres e Madri – foi inaugurado na Cidade das Artes, na Barra, como mostra a imagem acima.
+Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui
Os participantes da pesquisa promovida por VEJA RIO são parte de uma legião que se reinventa para oferecer seus cardápios dentro de todas as normas exigidas em tempos de Covid-19. E não custa lembrar: além de pilotar o fogão, eles botam a mesa, tiram a mesa e lavam a louça!
Fernanda Thedim, editora-chefe