Rede hoteleira é obstáculo para a realização da Rio+20
Cidade precisa de 50 mil quartos para a realização da conferência ONU sobre desenvolvimento sustentável
A rede hoteleira carioca pode ser um obstáculo para a realização da Rio+20, conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável que acontece em junho. Para o encontro, são esperados até 50 000 pessoas de 193 países, mas os hotéis cariocas oferecem, hoje, cerca de 33 mil quartos. Quem vier para a conferência terá de disputar as poucas vagas restantes com turistas e executivos, que tem mantido a taxa de ocupação acima de 80% ao longo de todo o ano. Como o evento acontecerá no Riocentro, os hotéis cinco estrelas de São Conrado e Barra já estão reservados para delegações oficiais e integrantes da ONU, mas será necessário alocar ainda a imprensa e integrantes de organizações não-governamentais.
A alta taxa de ocupação tem sido combustível para a inflação nas diárias cobradas pelos hotéis. Segundo o estudo Hotel Price Index, divulgado pelo site Hoteis.com nesta terça (13), o Rio tem, entre as metrópoles brasileiras, a maior diária do país, e os preços cobrados sofreram um incremento de 11% ao longo de 2011. Ainda de acordo com o site, se forem analisadas as diárias de estabelecimentos cinco estrelas, o Rio dispara destino mais caro do mundo, com tarifa média de 1.178 reais por noite. O segundo lugar vai para Nova York, com média de 970 reais cobradas em hospedagens de alto padrão. Lisboa, capital portuguesa, dispõe das acomodações luxuosas mais em conta, com diária, em média, a 308 reais.