Marcelo Crivella terá um novo problema para se preocupar a partir da próxima quinta (12). Nesta data, a Câmara Municipal começa a debater o impeachment do prefeito, após a oposição conseguir os 17 votos necessários para convocação extraordinária dos vereadores, que estavam de férias até o próximo dia 1º. O presidente da casa, Jorge Felipe, deve anunciar a medida até o fim da tarde.
Quem comandou a iniciativa foi Teresa Berger (PSDB), ex-secretária de assistência social da atual gestão. Após obter 13 assinaturas na segunda (9), ela convenceu mais quatro parlamentares a apoiar a suspensão do recesso para debater o afastamento. São eles Rosa Fernandes (MDB), Rafael Aluísio de Freitas (MDB), Zico (PTB) e Wellington Dias (PRTB). Os dois primeiros decidiram colaborar com a causa após os administradores regionais de Irajá e da Tijuca terem a exoneração publicada na edição de hoje do Diário Oficial. Ambos foram indicados pelos parlamentares, que teriam sido retaliados por não terem aparecido para votar a favor da taxação dos inativos em junho.
Uma reunião realizada por Crivella no Palácio da Cidade na última quarta (4) está na origem das discussões sobre seu impeachment. Na ocasião, ele deu declarações que foram interpretadas como oferta de privilégios a igrejas, após serem gravadas e tornadas públicas pelo jornal O Globo. Porém, a acusação de favorecimento a grupos evangélicos é negada pela prefeitura. “Desde o início de sua gestão, o prefeito Marcelo Crivella já recebeu os mais diversos representantes da sociedade civil, para tratar dos mais variados assuntos, tanto em seu gabinete quanto no Palácio da Cidade”, diz o órgão em nota.
Leia a nota completa enviada pela prefeitura:
A Prefeitura do Rio informa que a reunião citada teve como objetivo prestar contas e divulgar serviços importantes para a sociedade, entre eles o mutirão de cirurgias de catarata e o programa sem varizes. A Prefeitura conta, inclusive, com o apoio dos meios de comunicação para ampliar essa divulgação.
Desde o início de sua gestão, o prefeito Marcelo Crivella já recebeu os mais diversos representantes da sociedade civil, para tratar dos mais variados assuntos, tanto em seu gabinete quanto no Palácio da Cidade.
Vale lembrar que, ao final do governo passado, parte da imprensa foi convidada para uma festa, essa sim com todas as pompas e circunstâncias, nas dependências do mesmo Palácio da Cidade, em que foi servido champanhe à vontade. Só esse evento custou cerca de R$ 200 mil aos cofres do município.