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Após críticas, Imperatriz convida Janja para desfilar no Carnaval 2023

Escola se pronunciou após a youtuber Antonia Fontenelle fazer comentários depreciativos sobre a roupa usada pela primeira-dama na posse do presidente Lula

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 3 jan 2023, 14h34 - Publicado em 3 jan 2023, 13h52
Foto mostra a primeira-dama Janja ao lado da vice Lu Alckmin, que usa um vesido branco. Elas desfilam em um tapete vermelho
O visual de Janja: roupa foi desenhada pela estilista Helô Rocha  (Bruno Spada/Câmara dos Deputados/Reprodução)
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O look usado pela primeira-dama Janja Silva na posse do presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT), no último domingo (1º), foi alvo de críticas da youtuber Antonia Fontenelle. Em suas redes sociais, ela comparou o terninho de cor clara composto por uma pantalona, um colete e um blazer com uma roupa da velha-guarda Imperatriz Leopoldinense, ofendendo também a tradicional escola de samba.

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“Escola apática, nem fede, nem cheira. É a Imperatriz Leopoldinense. Nem é a velha guarda da Mangueira, da Mocidade ou da Grande Rio”, disse Fontenelle, em resposta a uma seguidora que perguntou o motivo da comparação com a agremiação.

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A crítica gerou um grande mal-estar no mundo do samba e fez a escola se pronunciar nesta segunda (2). A Imperatriz repudiou as falas da youtuber e ressaltou que “os ataques infundados de quem desconhece a história do carnaval atingem não somente a agremiação, mas, sobretudo, nossa comunidade, torcedores, componentes e, consequentemente, todo o mundo do samba”.

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“Diante disso, a Imperatriz, fundadora da LIESA e oito vezes campeã do Carnaval do Rio de Janeiro, encaminhou hoje um ofício à liga e à Riotur, solicitando que não seja credenciada aquela que desconhece e desrespeita publicamente as mais ancestrais e legítimas tradições da folia carioca, personificada pelos componentes de uma velha-guarda”, publicou a agremiação nas redes sociais, junto à foto do ofício enviado à Liesa pela presidente da escola, Cátia Drumond.

A nota de repúdio também veio acompanhada de um convite especial para Janja. “Após os ataques à primeira-dama do Brasil e à nossa agremiação, convidamos publicamente a querida @janjalula para desfilar como madrinha de nossa galeria da velha-guarda no carnaval de 2023”, escreveu a escola.

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Assinada pela estilista Helô Rocha, a mesma que desenhou o vestido de casamento da socióloga, feito junto a bordadeiras do Nordeste, a roupa usada por Janja na cerimônia em Brasília foi bordada em palha brasileira e tingida naturalmente com caju e ruibarbo. Uma escola significativa que mostra a valorização pela primeira-dama da moda nacional.

Após a publicação da Imperatriz, a agremiação recebeu o apoio de outras escolas e personalidades do samba.  “Detentora de oito títulos do carnaval carioca, a Imperatriz Leopoldinense é um dos pilares do movimento cultural que move o Rio de Janeiro e todo o mundo. Queríamos deixar nosso apoio e afirmar que estamos juntas na luta por respeito pelo nosso movimento. Contem com a nossa agremiação”, publicou a Unidos da Tijuca.

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“Bora @JanjaLula! Bota o lindo terninho champanhe com bordados de palha assinado pela Helô Rocha e entra na Avenida de mãos dadas com a riqueza ancestral da nossa velha-guarda!”, convidou também o carnavalesco Leandro Vieira em seu perfil no Twitter.

Procurada, a Liesa informou que “não é a única entidade a emitir as credenciais de acesso ao Sambódromo, e que não pode inferir sobre as outras instituições”, mas também repudiou os comentários feitos por Fontenelle.

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“Inserida no contexto das 12 agremiações do Grupo Especial do Rio, a verde e branca do bairro de Ramos é merecedora de respeito e deferência. Merecem o mesmo tratamento os sambistas que, nos 63 anos de história da instituição, mantiveram-se conectados a seus valores, sua comunidade e seus desfiles memoráveis (resultantes em oito campeonatos)”, ressaltou a Liga.

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