No estilo tipicamenta carioca de transformar as intempéries – no caso, a inflação – em brincadeiras divertidas, está criado o Índice Frangão para a verificação de preços. A metodologia desenvolvida pela Prefeitura do Rio sobre os amados frangos de padaria se inspira no famoso índice Big Mac, criado em 1986 pelo jornal britânico The Economist, e mede as variações de preço do prato nas diferentes regiões do município, assim como sua relação com a renda dos respectivos moradores.
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O levantamento de preços foi feito em aplicativos de entrega de comida, na pesquisa por frangos inteiros acompanhados de batata e farofa. Responsável pelo projeto, o Instituto Lab.Faz, da Secretaria Municipal de Fazenda, analisou 185 estabelecimentos em 160 bairros diferentes e descobriu que a refeição pode variar relevantes R$ 62,00 de acordo com a área: de R$ 15,00 em Brás de Pina, na Zona Norte, a R$ 77,00 na Taquara, na Zona Oeste.
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Aplicada a equação que determina o índice, a conclusão é de que o mais elevado está em Costa Barros, região desfavorecida economicamente, na Zona Norte, onde o “frangão” consome 10,9% da renda dos consumidores. Na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, para se ter uma ideia, o prato consome apenas 0,49% da renda dos habitantes. Em Copacabana o índice é de 1,3%, um dos mais altos da Zona Sul. A publicação destaca que o preço médio do frango na cidade do Rio é de R$ 37,18.