Mesmo inelegível por cinco anos, o ex-governador Wilson Witzel foi escolhido pelo Partido da Mulher Brasileira (PMB) como candidato ao governo do Rio de Janeiro em 2022. Em convenção realizada neste sábado (30), ele venceu o coronel reformado da PM Emir Larangeira, que inclusive já aparecia em pesquisas eleitorais, embora com traço de votos, por uma diferença de três votos.
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Eleito em 2018, Witzel foi afastado do Palácio Guanabara devido a um processo de impeachment. Além disso, o Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a condenação do ex-governador por crime de responsabilidade em 2021. Ele foi afastado em agosto de 2020 por suspeitas de corrupção e foi acusado de fraudes na contratação de duas organizações sociais, uma delas, o Iabas, responsável por hospitais de campanha para tratar pacientes de Covid-19. Em abril de 2021 o Tribunal Especial Misto, formado por membros da Alerj e do Tribunal de Justiça, decidiu, por unanimidade, pelo impeachment de Witzel.
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Desde então, Wilson Witzel vem tentando reverter a decisão que o tornou inelegível. Agora caberá a um juiz eleitoral decidir pelo deferimento ou não da candidatura, a maior probabilidade é que não aceite. O nome do ex-governador deve passar a constar das pesquisas eleitorais. Mas ele não terá direito a participar de debates ou programas de rádio e TV, já que o PMB não tem o mínimo de cadeiras na Câmara de Deputados. A mulher de Witzel, Helena Witzel, será candidata a deputada federal pelo PMB. Já Larangeira se desfiliou do partido logo após a convenção, em uma carta entregue ao presidente regional do PMB, Sidclei Nogueira, “trapaça política” a condução da escolha do partido para concorrer ao governo do Rio.