Inquérito aberto contra Cunha também investiga André Esteves
Aberto recentemente no Supremo Tribunal Federal, o caso está sob sigilo, mas os crimes investigados são de corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro
Um dos novos inquéritos contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), abertos recentemente no Supremo Tribunal Federal, também investiga o dono do banco BTG, André Esteves. O caso está sob sigilo, mas os crimes investigados são de corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro. A abertura desse e de outro inquérito contra Cunha foi pedida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no último 18 e autorizados pelo ministro do STF Teori Zavascki na segunda (25).
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Ainda não está claro por que Cunha e Esteves estão sendo investigados no mesmo inquérito. Até agora, o presidente da Câmara responde a cinco processos no Supremo no âmbito da Operação Lava Jato. Em um deles, o peemedebista foi transformado em réu pela Corte.
Esteves foi preso em novembro do ano passado, sob suspeita de tentar obstruir as investigações da Lava Jato ao se associar com o senador Delcídio Amaral (sem partido-MS) para tentar convencer o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró a não firmar acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal.
Por conta desse episódio, o banqueiro já responde a um inquérito no Supremo. Ele, no entanto, ficou menos de um mês na cadeia, e nesta segunda, Teori decidiu revogar a prisão domiciliar e suspender as demais medidas cautelares impostas contra ele.
Em sua decisão, o ministro definiu que Esteves terá que se apresentar à Justiça sempre que for intimado, que ele está proibido de manter contato com os demais investigados e que só poderá viajar ao exterior a trabalho, por um período menor que uma semana e terá que comunicar o deslocamento às autoridades competentes.