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Instituto criado por Luiza Serpa incentiva o apoio a projetos sociais

Em pouco mais de um ano, o Phi, que faz faz a ponte entre investidores e organizações sociais, já impactou mais de 23 mil pessoas

Por Jana Sampaio
Atualizado em 5 dez 2016, 11h45 - Publicado em 16 out 2015, 18h59
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  • Como tantos de seus colegas universitários, Luiza Serpa tinha um objetivo quando concluiu a faculdade de publicidade: trilhar uma carreira sólida no mundo corporativo. No processo, chegou a trabalhar em firmas de consistente atuação na área social e se envolveu em algumas campanhas que elas realizaram. Uma delas, o Natal sem Fome, promovida por uma empresa de telefonia em 2003 para arrecadar donativos, acabou se tornando um divisor de águas em sua vida. “Percebi como estava afastada da realidade social do meu país e vi que, além de ajudar, eu poderia encontrar ali um caminho profissional”, lembra. Em 2005, após uma temporada morando em São Paulo, aquela inquietação falou mais alto e Luiza decidiu migrar para o terceiro setor: largou a publicidade e foi trabalhar em uma ONG voltada para o desenvolvimento do espírito empreendedor de jovens. Anos mais tarde, foi convidada a montar um braço carioca do Instituto Azzi, baseado na capital paulista, responsável por angariar grandes quantias para investir em projetos sociais. O êxito da iniciativa a motivou a criar no Rio o Instituto Phi. O objetivo era ampliar o escopo do seu trabalho, já que o foco exclusivo em doadores muito ricos impedia o Azzi de obter recursos de pessoas de menor poder aquisitivo.

    “Cada pessoa impactada por esse trabalho tem a chance de um futuro melhor”

    Hoje, aos 36 anos, Luiza comemora o sucesso da empreitada, que já impactou mais de 23 000 pessoas e recebe investimentos que variam de 600 a 300 000 reais por ano. Vinte e seis investidores apoiam 46 iniciativas, do Estrela Dalva, projeto que atende crianças e jovens superdotados e de baixa renda (na foto), ao Pipa Social, voltado para artesãos que moram em comunidades carentes. Para ser um desses contemplados, é preciso passar por uma triagem que dura no mínimo três meses — as ONGs pleiteantes começam o processo respondendo a um detalhado questionário e, a partir daí, juntam-se aos atualmente cerca de 150 projetos cadastrados, até serem escolhidas por um investidor. “Percebi que faltava quem ligasse as pontas. O mundo corporativo fala de uma forma e o terceiro setor, de outra. Meu sonho é que cada vez mais pes­soas resolvam fazer doações por conta própria, sem a necessidade de intermediários. Enquanto isso, continuo buscando apoio para os projetos que aparecem. Cada pessoa impactada por esse trabalho tem a chance de um futuro melhor”, diz.

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