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Instituto Rose Marie Muraro, na Glória, faz vaquinha para sobreviver

Fechado há dois anos, espaço que concentra a maior biblioteca de gênero do país tem dívida de 25 000 reais. Próxima semana terá programação on-line

Por Marcela Capobianco
5 nov 2020, 12h54
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  • Se estivesse viva, a escritora Rose Marie Muraro, matrona do feminismo brasileiro, completaria 90 anos no dia 11 de novembro. Uma das pioneiras da luta por equidade de gênero no país, nos anos 80 ela foi perseguida pela Igreja e expulsa da editora Vozes ao lado de Leonardo Boff, por ordem do Vaticano.

    Em um momento em que as discussões sobre gênero e emporamento feminino ganham cada vez mais espaço e atenção, o Instituto Cultural Rose Marie Muraro, na Glória, luta para não fechar as portas.

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    A casa, na Rua Hermenegildo de Barros, na subida para Santa Teresa, concentra a mais diversa biblioteca sobre gênero da América Latina e está fechado há dois anos, por falta de investimentos. Para tentar sanar a dívida de 25 000 reais, a instituição lançou, nesta semana, uma vaquinha pela internet.

    O objetivo do ICRM é ser um ponto de referência no estudo dos principais conceitos culturais, econômicos e socioambientais do ponto de vista do gênero e do papel da mulher na sociedade.

    Para marcar o aniversário da intelectual, o instituto vai promover, entre os dias 10 e 13 de novembro, uma série de debates pelo perfil do Instagram (@icrmrio).

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    Nomes como a filósofa Márcia Tiburi, a escritora Heloísa Buarque de Hollanda e Polly Oliveira, influenciadora digital, vão discutir o legado de Rose Marie Muraro e o ativismo digital feminista.

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    Confira a programação:

    Terça (10):

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    19h – Memórias de uma Mulher Impossível com Shuma Shumacher, pedagoga e feminista brasileira
    19h30 – Memórias de uma Mulher Impossível com Vilma Piedade, professora, escritora e inventora do conceito de “dororidade”

    Quarta (11):

    19h – Lançamento do livro Os Seis Meses Em Que Fui Homem com Márcia Tiburi, filósofa, professora e política brasileira
    19h30 – Lançamento do livro Os Seis Meses Em Que Fui Homem com Livia Vianna, gerente do catálogo literário do grupo editorial Record

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    Quinta (12):

    19h – O Ativismo Digital: A Representação da Mulher pela Mídia com Renata Correia, roteirista e escritora
    19h30 – O Ativismo Digital: A Representação da Mulher pela Mídia com Aleta Valente, artista visual e ativista
    20h  – O Ativismo Digital: A Representação da Mulher pela Mídia com Polly Oliveira, escritora e influenciadora body positive

    Sexta (13):

    19h – A importância do legado de Rose Marie Muraro na História da Mulher Brasileira com Heloísa Buarque de Hollanda, escritora, editora e crítica literária

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