Jacarezinho: grafiteiros fazem ação para cobrir rastros da violência
O 'grafitaço', promovido no último fim de semana, envolveu os moradores e reuniu artistas do Rio e outros estados, como Minas Gerais e Sâo Paulo
Após a operação policial no Jacarezinho que deixou 28 mortos, considerada a mais letal da história do Rio, jovens artistas e moradores da região promoveram um festival de grafite nos dias 15 e 16 de maio para revitalizar os muros da comunidade.
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A ação reuniu cerca de 30 grafiteiros e dez fotógrafos de diferentes regiões do Rio e outros estados, como São Paulo, Minas Gerais e Piauí.
“Foi uma experiência muito marcante e positiva, porque eu consegui ver o potencial transformador da arte e me senti em comunhão com os outros artistas e com a comunidade. Acredito que a ação foi também uma forma de levar novos referenciais para as crianças”, diz a artista piauiense Luna Bastos, de 25 anos, uma das participantes..
Marcas de tiros foram cobertas por cores e imagens que celebram a representatividade e a memória local, com objetivo de levantar a autoestima dos moradores.
“Todos ficaram bem empolgados, pedindo para que seus muros fossem grafitados, e principalmente as crianças, que ajudaram a pintar e a fotografar ação”, relata Thiago Nascimento, co-fundador do LabJaca.
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O projeto, que atua como um laboratório de dados e narrativas da comunidade, foi responsável pela mobilização, em parceria com o Voltando a Escola e a Associação de Moradores do Jacarezinho.
Um vídeo publicado no Instragram do LabJaca mostra como foi o processo de criação das artes.
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