Era 1965 e a ditadura militar ainda engatinhava quando algum mandachuva teve a ideia de proibir o futebol à beira-mar. Para driblar a polícia e não perder a forma, um grupo de frequentadores da Praia de Copacabana partiu para as redes de vôlei – mas, em vez de usar as mãos, eles tocavam a bola com os pés, o peito e a cabeça. Nascia ali o futevôlei, que se espalhou por outras praias até virar esporte, com regras e jogadas determinadas, além de estrela própria: a campeã mundial Natalia Guitler, carioca, já enfrentou (e venceu) astros do gramado como Neymar, Marcelo e Vinicius Jr.
Popularizada por esses craques, que aderiram à prática nos momentos de lazer, a modalidade hoje cativa mais de 10 000 pessoas no Rio – e foi parar na capa de VEJA RIO porque metade dessa turma acaba de chegar às areias. O aumento na busca por atividades físicas ao ar livre fez do futevôlei o esporte do verão pandêmico.
Ainda nesta edição, leia matérias sobre a poluição por plástico em nossas praias (e o que podemos fazer para combatê-la), os exemplos notáveis de superação da crise surgidos no polo comercial da Saara, no Centro do Rio, e a invasão das bebidas em lata, drinques, vinhos e cafés vendidos de forma prática e original.
Tem mais: a segunda edição da pesquisa Os Mais Amados do Rio aponta lugares, marcas e produtos preferidos dos cariocas em trinta categorias. A lista vai da atração turística (deu Bondinho do Pão de Açúcar) ao delivery, companheiro fiel dos últimos tempos (parabéns, iFood). O jeitinho carioca, como se vê, pode ser bom, e de formas variadas.
Fernanda Thedim, editora-chefe
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