O que já se sabe sobre a nova variante de covid-19 que circula no Rio
JN.1 é subvariante da Ômicron e já teve dois casos registrados no município; prefeitura mantém vacinação para maiores de 6 meses até o fim da semana

Uma nova variante da covid-19 já circula no Rio. Segundo o secretário municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz, dois casos de JN.1, subvariante da Ômicron, foram registrados por aqui: um de uma moradora de Jacarepaguá, na Zona Oeste, e outro de um morador da Praça da Bandeira, no Centro. “São casos de transmissão local. Essa variante é uma preocupação para a Organização Mundial de Saúde (OMS), mas não tem escape de vacina. Então, a vacina protege contra os casos graves da subvariante JN também”, explicou Soranz, em visita ao Hospital do Andaraí, na manhã desta segunda (9).
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O secretário reforçou a importância de a população manter o esquema vacinal em dia. Segundo ele, apesar de a campanha de vacinação que abrangia toda a população acima dos 6 meses ter se encerrado na última sexta (6), ainda há um estoque residual de 11 mil doses disponíveis esta semana. “A recomendação é que todo mundo acima de 6 meses, que já tomou a vacina há mais de um ano, procure fazer a dose de reforço”, disse ele, acrescentando que quem não aproveitar esta oportunidade agora vai ter que esperar até março do ano que vem para receber a nova vacina.
Apesar da preocupação com a nova subvariante, Soranz destacou que o cenário na cidade é de segurança, graças à alta cobertura vacinal: “Essa nova variante é preocupante, sem dúvida. É uma variante de preocupação epidemiológica, mas a gente já sabe que ela sofre interferência da vacina. Ou seja, a vacina continua protegendo contra os casos graves. E, como temos uma alta cobertura vacinal na cidade do Rio, estamos muito seguros”.
O Ministério da Saúde informou que todos os estados e o Distrito Federal receberão cerca de 1,5 milhão de doses da vacina contra Covid-19, com entregas previstas até terça (10). O lote faz parte de mais de 8 milhões de doses adquiridas para manter os estoques do Sistema Único de Saúde (SUS) abastecidos por até seis meses. A expectativa é entregar 5 milhões de doses até o final de dezembro.
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Do total, cerca de 1,5 milhão de doses são da vacina da Serum, que chega pela primeira vez aos estados. Estudos de fase 3 mostraram segurança e eficácia de 90% contra casos sintomáticos em adultos, além de vantagens como maior prazo de validade, transporte e conservação simples (2°C a 8°C). A vacina é da da Zalika Farmacêutica, já usada nos EUA e Reino Unido. Ela será aplicada no Brasil em pessoas a partir de 12 anos. Crianças abaixo dessa idade continuarão recebendo a vacina de RNA mensageiro da Pfizer.