A principal suspeita do sequestro do recém-nascido Ravi Cunha, ocorrido dentro da Maternidade Municipal Maria Amélia Buarque de Hollanda, pode pegar até seis anos de prisão. Cauane Malaquias da Costa, de 19 anos, teria dito a parentes e ao namorado que estava grávida, e a polícia considera que ela premeditou o crime. Devolvido à família nesta quarta (1), horas após o rapto, Ravi está com a saúde perfeita e recebeu alta médica nesta quinta (2).
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Cauane passa por audiência de custódia nesta quinta (2). Ela foi levada para o presídio feminino de Benfica na tarde desta quarta (1), após ser presa em flagrante pelo crime de subtração de incapaz com colocação de lar substituto. Segundo investigação da 4ª DP (Praça da República), a jovem esperou por cerca de cinco horas na unidade de saúde até ter a oportunidade de pegar o bebê. Cauane esteve na maternidade na manhã de terça (31) para ver uma amiga, Raiane, que tinha dado à luz. “Ela contou que realmente visitou a colega, mas ficou perambulando pelo corredor do hospital. Por volta das 15h, passou pela enfermaria, viu o Ravi [que tinha acabado de nascer] e se interessou por essa criança”, disse à TV Globo o delegado Mário Andrade, titular da 4ª DP, onde o caso foi registrado.
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A jovem contou à polícia que se sentou em uma cadeira, ficou conversando com alguém e depois foi para casa, guardando o adesivo que ganhou ao se identificar para ver Raiane. Por volta das 19h, saiu de casa com três bolsas. Colou o adesivo de mais cedo e entrou normalmente no hospital, onde esperou cinco horas até ter oportunidade de pegar Ravi. “Por volta de 1h [o relógio da câmera de segurança marca 1h57], quando a mãe [de Ravi] e outra pessoa [a sogra] estavam dormindo, Cauane aproveitou, entrou e subtraiu a criança”, afirmou o delegado. Por volta das 2h, as câmeras registram Cauane perambulando pelos corredores até entrar na enfermaria. Ela carregava pelo menos três bolsas. “Pelas imagens, tivemos contato com uma mulher carregando uma sacola e que teria dito para pacientes que estava acompanhando a paciente do quarto 307. Só que o 307 estava vazio, não tinha ninguém naquele quarto”, acrescentou o delegado. Funcionários acreditam que a sequestradora saiu pela porta da frente com Ravi escondido em uma das bolsas.
Às 8h20 da manhã de quarta (1), a família de Ravi recebeu uma ligação da polícia informado que Ravi havia sido encontrado. O sequestro estava sendo noticiado pela TV, e um vizinho de Cauane, no Morro do Borel, fez uma denúncia anônima. Agentes da UPP da comunidade da Tijuca foram até a casa dela e a flagraram com o menino no colo. Ao ser presa, ela disse aos PMs que o recém-nascido era dela. Depois do bebê ser devolvido, antes das 9h, a família foi transferida para um quarto com reforço na segurança.
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Filho de Nívea Maria e Matheus Maranhão, Ravi nasceu nesta terça (31), na Maternidade Municipal Maria Amélia Buarque de Hollanda, perto da Praça da República, no Centro. Na madrugada desta quarta (1), depois de amamentar Ravi, Nívea foi tirar um cochilo, ao lado da sogra. Patrícia acabou pegando no sono. Na enfermaria, outros quatro recém-nascidos e suas mães dormiam também.