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Julia Spadaccini

Com dezesseis textos montados em uma década de carreira, a dramaturga carioca de 33 anos é uma escritora versátil. Assinou, com Antonia Pellegrino, o roteiro do seriado Oscar Freire 279, recentemente exibido pelo canal a cabo Multishow, e há três anos trabalha no gibi Luluzinha Teen. No palco, Julia Spadaccini estreia o segundo espetáculo neste […]

Por Carlos Henrique Braz
Atualizado em 5 dez 2016, 15h41 - Publicado em 9 mar 2012, 22h03
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  • Com dezesseis textos montados em uma década de carreira, a dramaturga carioca de 33 anos é uma escritora versátil. Assinou, com Antonia Pellegrino, o roteiro do seriado Oscar Freire 279, recentemente exibido pelo canal a cabo Multishow, e há três anos trabalha no gibi Luluzinha Teen. No palco, Julia Spadaccini estreia o segundo espetáculo neste ano: Quebra Ossos, no Espaço Rogério Cardoso, na quinta (15). Outra comédia de sua autoria, O Céu Está Vazio, segue em cartaz no Teatro Laura Alvim, após uma curta temporada na Caixa Cultural, prejudicada pelo desabamento de três edifícios na Avenida Treze de Maio.

    Como foi estrear O Céu Está Vazio naquele cenário de tragédia que tomou os arredores do Largo da Carioca no fim de janeiro? Foi uma loucura. Estávamos fazendo o ensaio geral na quarta-feira (25 de janeiro) quando o assistente de direção (Fernando Philbert) entrou correndo no Teatro de Arena, dizendo que o prédio da Caixa Cultural estava sendo evacuado. A estreia foi adiada e a temporada durou só duas semanas, por causa do Carnaval. Agora, eu é que não vou estar presente quando Quebra Ossos entrar em cartaz, mas por uma boa causa. O dia da estreia, quinta (15), foi a data definida pela obstetra para o nascimento da Nina, minha primeira filha.

    Além de cuidar da Nina, há projetos profissionais para este ano? Vou dar um tempinho nas letras, claro, mas alguns projetos já estão em andamento. Para o fim do ano está prevista a estreia de outra peça minha, Aos Domingos, com direção do Bruce Gomlevsky. É um drama sobre uma família em que dois irmãos se reencontram depois de anos afastados, após a morte da mãe.

    Você estudou artes cênicas, psicologia e arte-terapia. Essa formação eclética ajuda ou atrapalha? Ajuda muito. Depois de me formar como atriz, fui estudar psicologia, o que me fez descobrir esse lugar da escrita, adormecido em algum lugar. Também aprendi muito no estágio que fiz na Casa das Palmeiras, instituição fundada pela doutora Nise da Silveira, onde a reabilitação psiquiátrica é feita em ateliês de arte. Esse monte de referências ajuda a criar histórias.

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