“O justiceiro é um criminoso”. Assim o secretário de Segurança do Rio, Victor Santos, resumiu como vê a convocação de grupos de lutadores de jiu-jitsu nas redes sociais para atacar suspeitos de cometerem crimes na Zona Sul. Em entrevista ao Estúdio I, da GloboNews, Santos comparou os pessoas que pregam a justiça pelas próprias mãos a integrantes de milícias e de grupos de extermínio:
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“É um grupo que se acha acima do bem e do mal que se acha no direito de fazer justiça com as próprias mãos. Praticam crimes com o objetivo de evitar crimes. Na verdade, são todos eles criminosos. O justiceiro é criminoso”, afirmou o secretário, que assumiu a pasta há pouco mais de uma semana.
Após o empresário Marcelo Rubim Benchimol ter sido agredido em Copacabana, na noite do último sábado (3), ao tentar ajudar uma mulher que estava sendo assaltada, na noite desta terça (6), começaram a circular mensagens em redes sociais sobre as ações desses justiceiros. A Polícia Civil do Rio investiga a atuação desses grupos.
Vitor Santos vai se reunir com os secretários de Polícia Civil e Militar para definir novas diretrizes de trabalho, mas adiantou que o efetivo policial em Copacabana não será aumentado. “A tecnologia é que vai funcionar para que a gente possa fazer o melhor uso do recurso humano que já existe”, explicou. como exemplo destas tecnologias, o secretário citou câmeras de segurança ou vídeos gravados pela população, que considerou fundamentais: “Isso dá uma celeridade muito maior”.
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Sobre abordagens em ônibus vindos de outras regiões da cidade, o secretário descartou medidas de repressão, já adotadas em 2015. “A praia é um lazer democrático. Achar que temos que fazer uma ação de repressão, sem nenhuma técnica, nenhum dado, pode parecer preconceituoso. Segurança Pública é para todos“, frisou. O secretário também comentou o uso de câmeras corporais pela Polícia Militar. Em entrevista à rádio CBN, santos disse que a meta é instalar o equipamento inclusive nos batalhões especiais. “A tecnologia tem que andar junto com a política de segurança pública. Sem tecnologia, a gente não consegue andar muito rápido”, afirmou.