Palco de momentos históricos importantes como o o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, o Palácio do Catete guarda segredos insuspeitados em sua estrutura e trajetória, e alguns deles podem estar perto de ser revelados. No mês passado, em escavação para a modernização do sistema de esgoto, foi descoberto um belo piso de ladrilhos do século 19 embaixo da terra, indicando provável construção que não aparece em nehuma planta conhecida do Palácio.
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Os ladrilhos foram encontrados 75 centímetros abaixo do solo, em estado quase perfeito de conservação. Pesquisadores do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) acreditam que os ladrilhos podem ser parte de uma antiga casa de banhos, ou até mesmo da residência da sogra do fazendeiro de café Antônio Clemente Pinto, o Barão de Nova Friburgo, primeiro residente.
A semelhança entre os desenhos estampados nos pisos do interior do palácio com os encontrados no jardim leva a crer que foram comprados do mesmo fabricante. Ane Elisabeth Simões, a arqueóloga responsável por acompanhar as obras no museu, conseguiu chegar à empresa britânica Milton Hollins & Co, que foi também responsável por modernização feita no Palácio de Westminster, em Londres.
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