A força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio investiga se o ex-governador Sérgio Cabral recebeu propina em pelo menos seis contratos dos Jogos Olímpicos de 2016. O Ministério Público Federal (MPF) pediu para que o Comitê Organizador da Rio 2016 apresente, em um prazo de 24 horas, informações sobre os contratos firmados com a empresa Masan.
O dono da Masan é o empresário Marco Antonio de Luca, preso ontem no Rio de Janeiro na Operação Ratatouille, desdobramento da Lava Jato, que investiga propinas de R$ 12,5 milhões em contratos para fornecimentos de alimentos a presídios e hospitais.
A Procuradoria da República investiga também outros contratos – entre eles, para fornecimento de serviços ao Comitê Organizador da Olimpíada. A suspeita é que Cabral possa ter influenciado nesses acordos.
“De fato a lista de contratos firmados entre o Comitê Rio 2016 e a empresa Masan Serviços Especializados é expressiva e pode ter tido influência também de Sérgio Cabral”, disse o MPF.
O advogado de Sergio Cabral, Luciano Saldanha Coelho, foi procurado por telefone pela reportagem do Estado, mas não respondeu ao contato.
O Comitê Rio 2016 afirmou que os contratos com a Masan passaram “por todos os trâmites” e foram aprovados pelo Conselho Diretor da entidade formado por dez pessoas. A advogada de Luca, Fernanda Tórtima, disse que não daria declarações a respeito do caso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.