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Lei que transforma acarajé em patrimônio cultural carioca revolta baianos

Associação das baianas que preparam o "bolinho de fogo", no entanto, aplaude a iniciativa e espera que lei similar seja aprovada na Bahia

Por Da Redação
Atualizado em 30 out 2023, 15h23 - Publicado em 30 out 2023, 13h47
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  • A criação de uma lei que torna a produção e a comercialização do acarajé patrimônios de valor histórico e cultural do Estado do Rio de Janeiro, na semana passada, caiu como pimenta nos olhos de baianos e tradicionalistas. Por ser associado à cultura baiana, a homenagem ao bolinho feito de massa de feijão-fradinho, cebola e sal, que é frito em azeite de dendê, virou polêmica e esquentou nas redes sociais. “Que palhaçada é essa? Acarajé é da Bahia!” e “A produção e a comercialização do acarajé agora são patrimônios de valor histórico e cultural do Estado do Rio de Janeiro. Daqui a pouco o ‘oxe’ vira sudestino” foram algumas das mensagens publicadas por internautas.

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    Neste domingo (29), no entanto, a Associação Nacional das Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivo e Similares (Abam) publicou uma nota em seu perfil no Instagram defendendo a aprovação da Lei 10.157/23 – de autoria dos deputados Renata Souza (Psol), Dani Monteiro (Psol) e Átila Nunes (MDB), que foi sancionada pelo governador Cláudio Castro e publicada na edição do dia 25 de outubro no Diário Oficial: “Embora a associação direta e legítima seja baiana, o acarajé está presente há muito tempo na paisagem do Rio, é uma invenção do povo negro, africano, que está em toda parte do Brasil, tendo grande importância, sobretudo para a população negra local de cada região”.

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    A Abam destacou a necessidade de valorização do estado brasileiro e baiano com relação à tradição no preparo da iguaria, sem alterações de sabor e a defesa do ofício das baianas de acarajé, que em iorubá significa “bola de fogo” (“akará”)/“comer”(“jé”). “A Lei que protege o acarajé na Bahia segue em pauta, esperamos que todos os deputados deem sua anuência para seguirmos com a lei aqui em nossa terra, para assim conseguirmos o mesmo final feliz que o Rio de Janeiro teve. É importante destacar que o ofício das baianas de acarajé só foi reconhecido no âmbito Nacional no ano de 2005 e o estadual em 2012; Queremos, sim, que o ACARAJÉ seja protegido e valorizado em todas as partes do mundo, mas a nossa expectativa é que a terra mãe do Brasil abrace a causa e faça valer a importância desta iguaria aqui em nosso estado”.

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