Parece ala de baianas de escola pequena, mas, na verdade, são mudas para replantio que fazem parte de um programa de proteção à Mata Atlântica. O bioma, que, quando os portugueses aqui chegaram, em 1500, ocupava 1,5 milhão de quilômetros quadrados (mais de um quinto do Brasil de hoje), atualmente tem como área remanescente apenas 12% daquele total, cerca de 180 000 quilômetros quadrados, pouco mais que o Acre. Números como esses, além de belas fotos, como a das mudinhas, estão em Mata Atlântica: uma História do Futuro, livro recém-lançado pela Edições de Janeiro, em parceria com a organização ambiental Conservação Internacional. Seu autor é Fabio Rubio Scarano, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com Ph.D. em ecologia pela Universidade St. Andrews, na Escócia. O que restou daquele verde original se espalha por dezessete unidades da federação, mas apenas a nossa cidade mereceu um capítulo à parte: o texto diz que somos “bom exemplo de grande aglomerado urbano que ainda convive com sua matriz ecológica”.
Hora da Saideira
Esta cachaça, Santa Cana, é deliciosa, mas vai acabar. Restam trinta unidades, à venda apenas no Aprazível, em Santa Teresa. Cada garrafa custa 1 500 reais, isso por causa de toda uma história. Dela, apenas quatro barris foram produzidos, em 1976, numa fazenda em Minas, cujo dono era pai da chef Ana Castilho. O líquido permaneceu enterrado, curtindo, por décadas. Vendeu muito e agora se vai. Quer um gole? Custa 150 reais.
Mantras pelas Paredes
Espaço criado em Ipanema há três meses, numa casa que esteve vazia por sete anos na Rua Garcia d’Ávila, o Vibre, de Tatiana Cunha, promove aulas de ioga, dança, alongamento e agora também de acrobacia infantil. Quem ensina a criançada é Analu Rheder, que integrou o grupo canadense Cirque du Soleil. Em todas as atividades, o foco é menos na formação técnica e mais na transformação das pessoas no que diz respeito à saúde física e mental. Não por acaso, pelas paredes se veem pinturas onde são lidas palavras como “relaxamento” e “bem-estar”. Foram desenhadas pela apresentadora de TV Lynn Court, filha do cantor Ritchie, aquele do sucesso Menina Veneno, dos anos 80.
Os Rituais do Craque do Tênis
Simpático, carnavalesco (esteve num camarote e na própria pista da Sapucaí) e, acima de tudo, competente no que faz, a começar pela vitória sobre o nosso Thomaz Belucci, na terça (17), por 2 sets a 0, em sua estreia na segunda edição do Rio Open, o tenista espanhol Rafael Nadal já parece íntimo da cidade. Neste ano, foram montadas arquibancadas na quadra especialmente preparada para ele no Jockey Club, na Gávea, e o carioca pôde ver de perto tanto a habilidade do esportista como as manias que ele tem. Antes de cada saque é sempre assim: ajeita a cueca; arruma a manga; coça o nariz; e bota o cabelo para trás da orelha. Idiossincrasias do terceiro melhor do mundo.
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