Realizada em 11 de maio de 1852, a primeira experiência prática com energia elétrica no Brasil foi o estabelecimento de comunicação telegráfica entre o Quartel-General do Exército, no Campo de Santana, e o Palácio da Quinta da Boa Vista, residência de dom Pedro II. A tecnologia avançou aos poucos.
No começo do século seguinte, os bondes não eram mais puxados por burros, já tinham tração elétrica, mas continuavam sendo um meio de transporte perigoso, sujeito a atropelamentos e paradas súbitas, como denunciou o desenhista K. Lixto em charge reproduzida na revista Fon-Fon em 1910. Aplicação mais singela da eletricidade, a decoração dos salões do célebre Baile da Ilha Fiscal (flagrada em rara foto de Marc Ferrez, acima), no apagar das luzes da monarquia, incluiu lâmpadas da casa Léon Rodde & Cia. Essas são algumas das preciosas imagens e histórias de Energia Elétrica e Urbanização na Cidade do Rio de Janeiro, publicação do Centro da Memória da Eletricidade no Brasil que ganha lançamento na terça (21), no Museu de Arte do Rio.