A proposta para criar e incluir no calendário de eventos da cidade o Dia da Maconha Medicinal, projeto engavetado há sete anos na Câmara Municipal, entrou em votação pela primeira vez na última quarta (1), mas saiu de pauta por falta de quórum.
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A iniciativa partiu da vereadora Luciana Boiteux (PSOL), que defendeu a proposta apresentada pelo então vereador Renato Cinco, sob o argumento de que a população precisa ser esclarecida sobre a utilização do canabidiol (substância presente na maconha) em tratamentos médicos.
Contrário ao projeto, Rogério Amorim (PL), que é médico, disse ao jornal O Globo reconhecer os benefícios do canabidiol, mas afirmou temer interpretações negativas por parte dos jovens. “Se é para estimular a divulgação da ciência, o projeto poderia perfeitamente se chamar Dia do Canabidiol, sem fazer referência à maconha”, disse Rogério.
A vereadora Mônica Benício (PSOL) discordou: “Quando nós falamos da maconha medicinal, é o termo como é mais conhecida, como é discutida, inclusive, em reuniões científicas. Neste momento, mais importante é a possibilidade de se esclarecer sobre o uso da maconha medicinal, porque ela tem salvado muitas vidas”.
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O projeto prevê que a data seja celebrada todo ano em 27 de novembro, que também o Dia Nacional de Combate ao Câncer. Para ser aprovado, o projeto precisa ter maioria simples, com pelo menos 26 vereadores se manifestando. Quando o projeto apresentado por Luciana Boiteux entrou em pauta, apenas 24 vereadores votaram: 16 foram a favor, e oito, contra.