Inagurada há cerca de dois meses, com direito à quadra de samba da Mangueira, a réplica do Rio de Janeiro no metaverso já contabiliza 70.000 terrenos vendidos, espalhados na versão virtual dos 62 bairros do município. A responsável pela recriação do município é a Upland, plataforma inspirada no jogo Monopoly que leva locais do mundo real para o universo digital.
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O Rio é a primeira cidade fora dos Estados Unidos a ser inserida na Upland. A plataforma permite, por exemplo, que os usuários comprem terrenos por um valor mais acessível em bairros com preços elevadíssimos no mundo físico, como o Leblon, onde o metro quadrado de apartamentos custa pelo menos R$ 100.000,00. No espaço digital, é possível comprar um imóvel no bairro por R$ 250,00.
Em entrevista a Tilt, o diretor da Upland no Brasil, Ney Neto, afirma que o Rio foi escolhido para ser recriado devido à popularidade da plataforma no país – dos 2,9 milhões de usuários, cerca de 7% corresponde aos brasileiros. “A escolha pelo Rio foi pelo aspecto mais turístico. Agora, o Brasil se deu pela força da comunidade. O país é um dos que mais crescem em números de usuários ativos. É uma comunidade muito forte”, afirma o diretor.
Os terrenos virtuais são vendidos como NFTs (Tokens Não-Fungíveis) por meio de uma moeda própria do jogo, a UPX. Cada quantia de 1.000 UPXs equivale a US$ 1 (R$ 5,00). É possível ainda comprar um terreno on-line e vendê-lo por um preço maior que o da compra. Isso torna possível, teoricamente, o enriquecimento no mundo virtual via especulação imobiliária.
Um exemplo disso é o lote atualmente mais barato no Leblon, que fica na Avenida Ataulfo de Paiva, a 50 metros da praia, inicialmente cotado em 10.700 UPXs (U$ 10,7 ou R$ 55). Hoje, o atual proprietário colocou o terreno à venda por 50 mil UPXs, ou U$ 50 (R$ 250).
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