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Dinheiro no lixo: 1 bilhão de reais em recicláveis são enterrados no Rio

Mesmo com a proibição dos lixões, cinco municípios do estado ainda realizam o descarte irregular de resíduos

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 1 jun 2022, 14h04 - Publicado em 1 jun 2022, 14h02
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  • Mais de 1 bilhão de reais em materiais que poderiam ser reciclados são enterrados – literalmente – no Rio, por ano. O valor é estimado pelo Mapeamento dos Fluxos de Recicláveis do estado, publicado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), com base em dados oficiais de órgãos ambientais. De acordo com o estudo, cerca de 319 000 toneladas de resíduos não tiveram coleta ou foram depositados em locais impróprio no estado em 2019. O número é oito vezes maior que o total recolhido pela coleta seletiva de todos os municípios. 

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    Apesar da lei federal nº 12.305, de 2010, que determinou o fechamento de lixões até 2014, o Rio ainda possui cinco áreas que recebem o descarte irregular – em Miracema, Porciúncula, Itaperuna, Bom Jesus do Itabapoana e Teresópolis -, segundo o Instituto Estadual do Ambiente (INEA). São locais que podem sofrer com impactos ambientais por décadas, como explica a especialista em sustentabilidade da Firjan, Carolina Zoccoli, em entrevista ao jornal O Globo. Segundo Zoccoli, os municípios possuem dificuldades de instalar aterros sanitários devido à falta de recursos públicos

    “Além de ser uma obra de infraestrutura cara, a gestão do espaço também não é barata. Essa estimativa de R$ 1 bilhão de recicláveis enterrados por ano ainda é conservadora, uma vez que, ao contrário dos aterros sanitários, não temos como precisar tudo o que vai para os lixões”, disse a especialista ao jornal.

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    Segundo dados do ICMS Ecológico, analisados pela publicação, quinze municípios (que representam 4,7% da população fluminense) enviaram seus Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) para lixões em 2019.

    O estudo da Firjan também calcula a quantidade em toneladas de resíduos destinados aos aterros que poderiam ser reciclados: mais de 1,7 milhão. Desperdício evidenciado quando estima-se que, a cada 60 000 toneladas de metal recicladas, por exemplo, mais de 80 000 com o mesmo potencial são aterradas. A comparação é ainda mais alarmante em relação ao papel e o papelão – são 50 000 toneladas recicladas no estado contra 740 000 desperdiçadas.

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