Preso em flagrante pelo sequestro e cárcere privado de uma menina de 12 anos, Eduardo da Silva Noronha, de 25 anos, foi solto na tarde desta quinta (17), após audiência de custódia em São Luís, no Maranhão, para onde levou a garota, que mora em Sepetiba, na Zona Oeste do Rio. Delegacia de Descoberta de Paradeiros do Rio já identificou o motorista de aplicativo que levou os dois para São Luís. A corrida foi combinada de modo particular e custou 4 mil reais. Segundo a delegacia, o próximo passo é tentar obter imagens para ouvir e qualificar essa pessoa no inquérito. A Justiça do Maranhão determinou que Eduardo, que é açougueiro e não tinha antecedentes criminais, seja monitorado por tornozeleira eletrônica.
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Ele e a vítima se conheceram no TikTok e trocaram mensagens durante dois anos. Segundo o delegado Marcone Matos, chefe do Departamento de Proteção à Pessoa (DPP) da Polícia Civil do Maranhão, a menina foi mantida em cárcere privado por mais de uma semana na quitinete onde ele mora. Ela foi resgatada por volta das 17h30 da última terça (14), oito dias após seu desaparecimento, no bairro Divinéia, em São Luís.
A quitinete do açougueiro fica no segundo andar do prédio, com poucos móveis. Na sala, foi encontrada uma mochila rosa da menina, que foi levada por ela ao ser resgatada pelos policiais. Quando os agentes chegaram, a menina estava sozinha. Eles aguardaram Eduardo chegar do trabalho. Por volta das 19h, ele apareceu e foi preso em flagrante por cárcere privado. Informalmente, a menina relatou aos policiais que viajou por vontade própria, mas não sabia as condições nas quais ficaria. Todos os dias, quando saía para trabalhar, Eduardo trancava a porta e levava a chave consigo. Uma nova investigação foi aberta para apurar os crimes de estupro de vulnerável (já que o acusado admitiu ter beijado a vítima) e sequestro.
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A menina desembarcou no Aeroporto do Galeão no final da tarde desta quinta (16). Ela estava com a irmã e uma agente que acompanhou a família na volta ao Rio. Do aeroporto, a menina seguiu para o Instituto Médico-Legal (IML) para passar por um novo exame de corpo de delito. Na sequência, ela foi levada para a Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), juntamente com a irmã, para ser ouvida sobre o seu desaparecimento, e encontrar a mãe.